Referendo realizado indica aprovação de 95% dos eleitores para anexação do território localizado na Guiana
Marina Roveda Publicado em 06/12/2023, às 07h45
Na terça-feira (5), o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, divulgou o "novo mapa" do país, agora incorporando a região de Essequibo. Além disso, ele ordenou a publicação do mapa em instituições de ensino, como escolas, colégios e universidades. A proposta do presidente inclui ainda a criação da província "Guiana Esequiba" por meio de uma lei a ser proposta à Assembleia Nacional venezuelana.
Maduro anunciou nas redes sociais: "Imediatamente ordenei publicar e levar a todas as escolas, colégios, Conselhos Comunitários, estabelecimentos públicos, universidades e em todos os lares do país o novo Mapa da Venezuela com a nossa Guiana Esequiba. Este é o nosso querido mapa!".
A nova versão do mapa já foi incorporada em artes que representam órgãos governamentais na Venezuela. Em um pronunciamento público, o presidente venezuelano informou que estava ordenando à estatal petrolífera PDVSA a concessão de licenças para exploração de petróleo e gás na região recém-incorporada.
Essas ações vêm no rastro de um referendo realizado dois dias antes para aprovar a anexação de Essequibo à Venezuela. Segundo o governo venezuelano, 95% dos eleitores votaram a favor da medida.
Além da divulgação do mapa e da emissão de licenças de exploração, Maduro propôs várias outras medidas, incluindo:
Plano de Assistência Social: Implementação de um plano de assistência social para a população da Guiana Esequiba, incluindo censo e entrega de carteira de identidade aos habitantes.
Alto Comissariado para a Defesa: Criação de um Alto Comissariado para a Defesa da Guiana Esequiba, envolvendo o Conselho de Defesa, o Conselho do Governo Federal, o Conselho de Segurança Nacional e os setores político, religioso e acadêmico.
Zona de Defesa Integral: Criação de uma Zona de Defesa Integral da Guiana Esequiba.
Em resposta aos anúncios, o presidente da Guiana, Irfaan Ali, declarou que o país acionará o Conselho de Segurança da ONU nesta quarta-feira (6). Ele afirmou que a Força de Defesa da Guiana está em alerta máximo, considerando a Venezuela como uma nação que se declarou claramente fora da lei.
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