Estudo sobre calor extremo mostra quais cidades vão ser mais prejudicadas com as altas temperaturas
Ana Rodrigues Publicado em 20/09/2023, às 09h56
A última semana do inverno na maior parte do Brasil terá termômetros passando de 40ºC. Esses picos de calor deverão se tornar comuns num futuro próximo, a ponto de um estudo mostrar que a cidade de Belém terá quase sete meses de temperaturas extremas até 2050.
Segundo matéria do UOL, em estudo feito pela CarbonPlane o The Washington Post, foi feito um calculo de quantos dias de calor cada cidade poderá enfrentar nesse futuro próximo. A cidade que lídera a lista é Pekanbaru, na Indonésia, que pode ter 344 dias de calor extremo em 2050.
Algumas cidades brasileiras também aparecem na lista, mas a cidade que está em destaque é Belém por ser onde deve se observar o maior crescimento de dias de calor extremo no levantamento: a previsão é de 222 dias. Um crescimento equivalente a seis meses em relação aos dados dos anos 2000.
Belém teve o maior crescimento, porém a capital amazonense, Manaus tem o maior valor absoluto entre as capitais brasileiras: 258 dias (pouco menos de 9 meses). O estudo não tem uma lista em ranking de cidades, mas permite a consulta a diversos centros com grande população.
A análise leve em consideração a temperatura do ar, a umidade, a radiação e a velocidade do vento. Onde, essa análise foi usada como ponto de partida para determinar um "calor extremo arriscado" para a saúde humana a temperatura de 32ºC.
Na previsão, é estimado que até 2030, mais de 2 bilhões de pessoas estarão expostas a um mês inteiro de temperaturas médias acima de 32 °C. Já até 2050, mais de 5 bilhões de pessoas estarão expostas a pelo menos um mês de calor extremo, que ameaça a saúde em caso de exposição ao sol. Nesse contexto, adultos saudáveis que praticam atividades ao ar livre podem sofrer com estresse térmico.
Confira quais são as cidades brasileiras citadas no estudo como tendo dias acima da média que classifica como em risco - com médias diárias de 32ºC ou mais.
As outras capitais, foram citadas como zero dias ou os dados não estavam disponíveis.
A CarbonPlan, é uma organização sem fins lucrativos que desenvolve dados climáticos publicamente disponíveis, em parceria com o The Washigton Post. O estudo usou dados para produzir previsões sobre a frequência com que pessoas em quase 15.500 cidades enfrentariam um calor tão intenso que poderiam adoecer rapidamente — no curto prazo e também nas próximas décadas.
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