"Estou chocado e devastado", disse o primeiro-ministro Justin Trudeau
Agência Brasil Publicado em 05/09/2022, às 15h37
A polícia canadense procura dois suspeitos de uma onda de esfaqueamento que matou dez pessoas e feriu pelo menos 15, principalmente em uma comunidade indígena escassamente povoada no domingo (4).
Os esfaqueamentos em 13 locais diferentes estão entre os assassinatos em massa mais letais da história moderna do Canadá e certamente repercutirão em todo o país, que não está acostumado a ataques de violência em massa mais comumente vistos nos Estados Unidos.
"Estou chocado e devastado pelos horríveis ataques", disse o primeiro-ministro Justin Trudeau em comunicado. "Como canadenses, choramos com todos os afetados por essa trágica violência e com o povo de Saskatchewan".
A polícia identificou os dois suspeitos como Damien Sanderson, de 31 anos, e Myles Sanderson, de 30 anos, fornecendo fotos e descrições, mas sem mais detalhes sobre o motivo ou as vítimas.
Uma declaração de líderes indígenas indicou que os ataques podem estar relacionados a drogas.
"Esta é a destruição que enfrentamos quando drogas ilegais nocivas invadem nossas comunidades", disse a Federação das Nações Indígenas Soberanas. O grupo representa 74 Primeiras Nações em Saskatchewan.
Uma mãe de dois filhos estava entre as dez pessoas mortas, informou a mídia local, citando o ex-parceiro da mulher.
Em maio, Myles Sanderson foi listado como foragido pelo Saskatchewan Crime Stoppers, um programa que incentiva o público a cooperar com a polícia. Não há mais detalhes sobre por que ele era procurado.
"Parece que algumas das vítimas podem ter sido alvejadas, e algumas podem ser aleatórias. Assim, falar sobre um motivo seria extremamente difícil neste momento", disse Rhonda Blackmore, comandante da Polícia Montada Real Canadense de Saskatchewan, em uma coletiva de imprensa.
É possível que haja mais vítimas feridas que se deslocaram para outros hospitais, disse a polícia.
Os indígenas representam menos de 5% da população do Canadá de cerca de 38 milhões e sofrem com níveis mais altos de pobreza, desemprego e uma expectativa de vida menor do que outros canadenses.
Os primeiros esfaqueamentos foram relatados às 8h40 e dentro de três horas a polícia emitiu um alerta de pessoas perigosas em toda a província. À tarde, alertas semelhantes também foram emitidos nas províncias vizinhas de Saskatchewan, Alberta e Manitoba.
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