Não!

O texto de hoje está sendo escrito a poucas horas de ser enviado para a publicação. A semana voou, a cabeça estava cheia e, realmente, não foi fácil me concentrar. Mas tenho um compromissocom o jornal e também com os leitores. E toda sexta-feira preciso estar presente.

A escrita pra mim é um hobby e uma terapia, mas também um trabalho. E todos sabem como as coisas funcionam. Na vida real, temos que encarar a preguiça e levantar da cama, participar de uma reunião mesmo sem vontade e entregar o tal relatórioque enrolamos pra finalizar a qualquer custo.

Quem disse que era fácil? Quanta cobrança, quanta pressão e quantos boletos. Tem hora que não tem como se livrar das obrigações, mas quando dá é tão bom fazer somente o que deseja. Quando posso, eu falo "não". Mas nem foi sempre assim.

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Mais nova tinha dificuldade de me ouvir. Eu ia a lugares sem querer para não decepcionar os outros e sofria. A gente cresce querendo ser bonzinho e a nossa cultura nos força a achar que a negação nunca é legal. E assim aprendemos que vale "engolir sapo", "levar desaforo pra casa" e até "fazer cena".

Pensar em ser rejeitado dá medo e desperta insegurança. E essa necessidade de sempre agradar é prejudicial apenas pra nós. Afinal, já pensou que quando você aceita algo querendo dizer "não", você se torna fake? Você até pode agradar, mas ali não é você e não tem nada melhor do que ser quem você realmente é.

Dizer o "não" não é fácil, mas é preciso. Faz parte do autoconhecimento, da evolução e do amadurecimento. Então, diga "não" quando se sentir sobrecarregado, diga "não" quando estiver cansado e, principalmente, quando quiser dizer. Use a sua liberdade, ouça seu coração, suas vontades e se respeite. Seja dono da sua vida e não tenha medo de ser egoísta. Isso é amor próprio e desta forma, quem estiver com você, estará apenas ao seu lado porque "sim".