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Vicente Luque mira title-shot contra Kamaru Usman: “Eu seria um desafio diferente para ele”

Vindo de quatro vitórias seguidas, sendo duas delas este ano, Vicente Luque não tem data marcada para voltar ao octógono. Apesar disso, o lutador segue

Vicente Luque mira title-shot contra Kamaru Usman: “Eu seria um desafio diferente para ele”
Vicente Luque mira title-shot contra Kamaru Usman: “Eu seria um desafio diferente para ele”

Redação Publicado em 23/11/2021, às 00h00 - Atualizado às 10h26


Vindo de quatro vitórias seguidas, sendo duas delas este ano, Vicente Luque não tem data marcada para voltar ao octógono. Apesar disso, o lutador segue treinando em Brasília para entrar em ação assim que for convocado, segundo contou em entrevista ao Combate.

– Estou treinando no Brasil e já estou em ritmo de competição. Em minhas últimas sete ou oito lutas todo o camp vem sendo feito aqui no Brasil. Hoje em dia eu sinto que aqui em Brasília, na Cerrado MMA, é onde consigo ter meu melhor rendimento e chegar na minha melhor versão para as lutas. Eu continuo indo para a Flórida fazer um intercâmbio, sempre que tenho tempo vou pra lá, fico um mês ou mais, e pego um treino um pouco diferente com a galera do UFC, como o (Gilbert) Durinho, que eu sempre gosto de treinar e também com o Henry Hooft, mas minha base mesmo é em Brasília na Cerrado MMA.

Quarto colocado no ranking dos meio-médios, Luque revela que gostaria de fazer mais um combate este ano, mas admite que esta é uma possibilidade cada vez mais difícil.

– Esse ano já fiz duas lutas, mas o ideal pra mim é fazer três, é o que gosto de fazer. Não sei se vou conseguir lutar mais uma vez este ano, mas não é questão de não estar pronto. Estou preparado. Eu conseguiria lutar em dezembro tranquilamente, mas agora realmente a dificuldade está sendo o adversário. O Colby (Covington) lutou agora com o Kamaru (Usman), não sei quando ele vai voltar, tem o Leon Edwards, que caiu a luta dele com o (Jorge) Masvidal, mas parece que ele só quer lutar se for pelo cinturão, e seria uma luta que me interessaria muito. Seria uma eliminatória para ver quem disputaria o cinturão, mas talvez vão fechar ele direto com o Kamaru. Nessa situação, fico à espera de um adversário. O Colby eu teria interesse, não sei como foi a lesão do Masvidal, mas quando ele se recuperar eu teria interesse também. O Nate Diaz eu já falei, seria um cara que eu gostaria de enfrentar por causa do estilo, acho que seria uma grande luta. Por enquanto estou me preparando pra quando o UFC me chamar.

Com a saída de Jorge Masvidal do card do UFC 269, no dia 11 de dezembro, Leon Edwards ficou sem adversário para o evento. Luque revelou seu interesse em enfrentar o lutador inglês, mesmo com a data original cada vez mais próxima.

– Com o Masvidal fora, essa luta me interessaria bastante, já tinha até falado com meu empresário. Acredito que ele chegou a falar com o UFC, mas acho que o Leon Edwards teria deixado claro a postura dele, de que quer esperar o cinturão. Acho que é isso que ele vai fazer.

– Não tem muito pra onde correr. Eu e o Leon Edwards somos os caras pra enfrentar o Kamaru. O que eu tenho de diferencial é que nunca lutei com o Kamaru, então eu seria um desafio diferente para ele. Isso é o mais interessante. Mas o Leon está vindo numa sequência muito boa, então não tem como negar essa chance para ele.

Edwards vem numa sequência invicta de dez lutas seguidas, com nove vitórias e um No Contest (sem resultado). Um destes triunfos, por sinal, foi contra o próprio Vicente Luque, numa decisão dos jurados em 2017. Sua última derrota foi justamente para o atual campeão da categoria, em 2015.

Enquanto aguarda uma nova data para voltar ao octógono, o brasileiro foi surpreendido nas últimas semanas com um convite para ser o reserva na luta entre Kamaru Usman e Colby Covington, que aconteceu no último dia 6. Luque topou o desafio, mas não precisou ser acionado para o duelo. Ele garante que, mesmo sendo uma luta incerta na ocasião, ele estava muito motivado para a oportunidade de um title-shot.

– Eles me chamaram faltando uns dez dias para a luta, então não tinha como fazer o camp. Ao mesmo tempo, eu já vinha treinando bem, sempre me mantenho bem treinado. Eu sabia que ia estar pronto na questão de luta. Quanto a motivação, foi uma motivação como em qualquer luta, até mais, por talvez ter a chance de disputar o cinturão, mas o mais desafiador foi a questão do corte de peso. Esses dez dias não foram suficientes, inclusive nem cheguei a bater o peso, mas eu tentei, dei o melhor que eu podia, e faltou uns 900 gramas. Realmente esse foi o grande desafio, mas eu estava muito motivado.

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GE

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