Sonhos nunca morrem ou envelhecem. E Carol Gattaz é prova disso. Aos 40 anos, a central da seleção brasileira conquistou a medalha de prata na sua primeira
Redação Publicado em 08/08/2021, às 00h00 - Atualizado às 15h37
Sonhos nunca morrem ou envelhecem. E Carol Gattaz é prova disso. Aos 40 anos, a central da seleção brasileira conquistou a medalha de prata na sua primeira Olimpíada. E a conquista tem um sabor especial para a jogadora, que foi cortada dos Jogos de Pequim, em 2008, e ficou fora da lista final em Londres e Rio de Janeiro, em 2012 e 2016, respectivamente.
Entre o misto de emoções que Carol Gattaz sentiu, a mãe da jogadora, Maria Aparecida Gattaz, revela que precisou ajudar a filha a superar o sentimento de injustiça que a cercou após não conseguir disputar a competição que é o auge para qualquer atleta.
– Quando a Carol foi cortada das Olimpíadas veio o sentimento de frustração, mas nós entendemos que aquele não era o momento certo e bola para frente. É um misto de dever cumprido, gratidão por toda essa trajetória que foi muito árdua, difícil, mas não foi impossível. Pelo contrário, valeu muito a pena – conta a mãe.
Maria Aparecida e a filha Carol Gattaz — Foto: Arquivo pessoal
Nascida em São José do Rio Preto, Carol Gattaz colocou na galeria um dos poucos título que faltavam em sua extensa lista com a camisa da seleção brasileira, onde foi tetracampeã Sul-Americana (2003, 2005, 2007 e 2009), pentacampeã do Grand Prix (2004, 2005, 2006, 2008 e 2009), e bicampeã da Copa dos Campeões (2005 e 2013).
– Teve outros campeonatos com a seleção que ela também saiu vitoriosa, mas a Olimpíada é o prêmio maior para um atleta. É impossível descrever – comenta Cidinha.
Carol Gattaz comemora ponto do Brasil contra o Japão — Foto: Toru Hanai/Getty Images
O bordão de Luís Roberto na cobertura dos Jogos de Tóquio quase se tornou uma realidade na vida de Carol Gattaz com a seleção. Aos 22 anos, Carol era vista como uma jogadora muito promissora. Logo, foi convocada por José Roberto Guimarães em 2003.
Gattaz participou de todo o ciclo olímpico que levou o Brasil ao ouro em Pequim, em 2008. Porém, acabou cortada da lista final e se viu obrigada a ver pela televisão – e trabalhando como comentarista – a conquista brasileira.
Fora das listas nas duas Olimpíadas sequentes, Carol chegou a colocar um ponto final na sua trajetória com a seleção brasileira. Foi quando a mãe novamente entrou em ação para motivar a filha.
– O apoio que sempre dei foi de nunca desistir de um sonho e lutar sempre para ele se realizar. Claro que não foi fácil para ela, mas foi um momento a ser pensado, reavaliado que ela precisava melhorar mesmo que no íntimo ela pensava ser injustiçada – conta Cidinha.
– Antes de ir para Tóquio nós conversamos muito, no sentido de saber aproveitar cada momento, cada jogo como uma oportunidade única, sempre procurando o equilíbrio – revela Cidinha.
E Carol fez história se tornando a medalhista mais velha do Brasil em qualquer modalidade entre as mulheres. Carol supera a marca que era de outra jogadora de vôlei. Fofão, em Pequim, tinha 38 anos quando conquistou o ouro pela seleção brasileira. No masculino, o recordista é Torben Grael, medalhista aos 44 anos, em Atenas 2004.
Aos 40 anos, Carol Gattaz comemora prata: “Muita honra chegar a minha idade medalhista olímpica”
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Fontes: Ge – Globo Esporte.
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