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Osaka chora na entrevista coletiva e diz que não sabe quando volta a jogar

Muito emocionada na entrevista coletiva após a derrota na terceira rodada do US Open, a tenista japonesa Naomi Osaka afirmou que deve parar de jogar tênis por

OSAKA
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Redação Publicado em 04/09/2021, às 00h00 - Atualizado às 09h30


Muito emocionada na entrevista coletiva após a derrota na terceira rodada do US Open, a tenista japonesa Naomi Osaka afirmou que deve parar de jogar tênis por um tempo e não sabe quando retorna às quadras.

Na noite desta sexta-feira, ela foi eliminada pela jovem canadense Leylah Fernandez, de apenas 18 anos, por dois sets a um, de virada. Osaka não defenderá seu título nas quadras de Flushing Meadows, em Nova York, onde também foi campeã em 2018.

– Estou neste ponto onde estou tentando descobrir o que quero e eu, honestamente, não sei quando vou jogar meu próximo jogo de tênis. Acho que vou parar de jogar por um tempo – afirmou a japonesa, que se tornou símbolo da luta pelo cuidado com a saúde mental, no esporte e fora dele.

Osaka abandonou Roland Garros este ano após levantar o tema da sua dificuldade de participar das entrevistas coletivas obrigatórias. Na ocasião, ela afirmou que passava por longos períodos de depressão, que começaram após seu título do US Open em 2018. Tampouco disputou Wimbledon na sequência.

Ela retornou nos Jogos Olímpicos de Tóquio, quando teve a honra de acender a pira na Cerimônia de Abertura. Mas foi eliminada logo na terceira rodada do torneio, para a tcheca Marketa Vondrousova.

– Sinto que, para mim, recentemente, quando eu ganho, não me sinto feliz. Sinto mais um alívio. E quando eu perco, me sinto muito triste. Não acho que isso seja normal – concluiu Osaka, atual número três do mundo.

Relembre o post em que Naomi Osaka abre mão de Roland Garros

“Olá a todos. Essa é uma situação que eu nunca imaginei ou pretendi quando postei alguns dias atrás. Acho que o melhor para o torneio, para os outros jogadores e para o meu bem-estar é a minha saída para que cada um volte a se concentrar no tênis em Paris. Eu nunca quis ser uma distração e confesso que o momento não foi o ideal e a minha mensagem poderia ter sido mais clara.

Mais importante, eu nunca trivializaria ‘saúde mental’ ou usaria o termo de forma leve. A verdade é que eu tenho sofrido com longas crises de depressão desde o US Open de 2018 e tenho muita dificuldade para lidar com isso.

Todos que me conhecem sabem que eu sou introvertida, e qualquer pessoa que tenha me visto em um torneio vai notar que, muitas vezes, eu ando com fones de ouvido. Isso me ajuda a lidar com a ansiedade.

Os jornalistas que trabalham com tênis sempre foram educados comigo (e eu gostaria de pedir desculpas a todos os jornalistas legais que eu possa ter machucado), mas não sou uma oradora pública natural e sinto muita ansiedade antes de falar com a imprensa mundial. Fico muito nervosa e acho estressante sempre tentar me engajar e dar as melhores respostas que eu posso.

Então, aqui em Paris, eu já estava me sentindo vulnerável e ansiosa. Então, pensei que a melhor forma de cuidar de mim seria não participar das entrevistas coletivas. Eu anunciei isso com antecedência, porque acredito que as regras estão datadas em parte e eu queria chamar atenção para isso.

Escrevi de forma particular meu pedido de desculpas para a organização do torneio e disse que gostaria de conversar com eles depois do torneio, já que slams são intensos.

Vou passar um tempo fora das quadras agora, mas quando for o momento certo, eu gostaria de discutir maneiras de tornar as coisas melhores para os jogadores, para a imprensa e para os torcedores. De qualquer forma, espero que todos estejam bem e seguros. Amo todos vocês”

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Fontes: Ge – Globo Esporte.

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