Um bom centroavante faz gols. Um centroavante de alto nível faz gols e ainda ajuda o time. E um centroavante diferenciado como Luiz Adriano faz gols, ajuda o
Redação Publicado em 19/01/2021, às 00h00 - Atualizado às 14h19
Um bom centroavante faz gols. Um centroavante de alto nível faz gols e ainda ajuda o time. E um centroavante diferenciado como Luiz Adriano faz gols, ajuda o time e ainda cria jogadas, como foi no passeio do Palmeiras sobre o Corinthians: 4 a 0, e poderia ter sido mais.
Com Willian e Luiz Adriano no ataque, o Palmeiras jogou no 4-1-4-1 de sempre com Abel Ferreira. Tudo bem que os dois são atacantes, mas eles não jogaram juntos. Willian foi ponta junto a Gabriel Menino, e Luiz Adriano ficou sozinho no ataque, em especial nos momentos que o Corinthians atacava e o Palmeiras precisava se defender. Esse foi o esquema tático do time.
Palmeiras jogou no 4-1-4-1, esquema tradicional com Abel Ferreira — Foto: Reprodução/Léo Miranda
Esse esquema serve apenas para falar como o time se posta na defesa. Com a bola, é um outro papo. Entram em campo as interações, a forma como o time desenha os ataques e como quer furar a defesa do adversário. É nessa hora que a inteligência tática de Luiz Adriano faz a diferença.
O Palmeiras gosta de atacar de uma forma muito direta. Com pressa, sem perder tempo. É um time que joga com muitos lançamentos e jogadas para Rony e Luiz Adriano correrem na frente dos zagueiros. Nos momentos que trabalha a posse, o time se posiciona com laterais abertos, dois meias trabalhando por trás e um congestionamento de meias na linha defensiva do rival.
Palmeiras ataca com dois volantes e meias e atacantes bem perto da linha de defesa — Foto: Reprodução/Léo Miranda
O motivo desse congestionamento é tornar o jogo ainda mais rápido. Sem firula. Se há cinco meias posicionados rente à defesa do rival, então eles recebem a bola e podem já chutar ao gol. Ou criar alguma jogada que crie espaço para quem chegue de trás, como Scarpa ou Veiga.
Desde Vanderlei Luxemburgo, o Palmeiras é muito mais um time de chegada. Abel Ferreira deu o conteúdo e a velocidade que a equipe precisava para que o time, enfim, jogasse bem.
Na jogada do primeiro gol, Willian recebe de Zé Rafael, insiste e consegue cair num espaço que as duas linhas do Corinthians não vigiavam. Qual opção de passe o camisa 29 do Palmeiras tem aí? Veiga e Luiz Adriano estão marcados. Menino está longe demais. Simplesmente não tem com quem jogar!
Willian recebe a bola e Luiz Adriano se desloca para criar espaço — Foto: Reprodução/Léo Miranda
Na verdade, não tem com quem não sabe jogar. Porque Luiz Adriano, em questão de segundos, vê que é possível criar espaço se ele quebrar a forte defesa do Corinthians. Como? Correndo em diagonal, quase num X, para atrair Gil. Quando Gil sai da linha, todos os corintianos ficam sem saber o que fazer. E o que resta é Raphael Veiga livre, já posicionado para chutar, enquanto Fagner e Fábio Santos tentam tirar a bola.
Luiz Adriano, sozinho, quebra a linha de defesa do Palmeiras — Foto: Reprodução/Léo Miranda
Só um atacante com muita inteligência na leitura de espaços, percepção do jogo e conhecimento dos companheiros consegue fazer isso no tempo certinho. E não foi só no gol. Luiz Adriano deu um show, com dois gols, de como um centroavante pode ajudar o time mesmo quando não tem a bola.
Como o Palmeiras joga com muitos lançamentos, Luiz Adriano sabia exatamente como fazer a jogada pelo lado ser efetiva: saindo da cola dos zagueiros.
O Corinthians joga numa linha defensiva bem sólida. A cada lançamento do Palmeiras para Menino ou Willian, essa linha ficava bem alinhada, rente à área. Se Luiz Adriano acompanhasse, seria facilmente marcado. Por isso ele não corria tanto. Diminuía a velocidade para ficar atrás da linha. Assim, qualquer um do lado poderia dar um cruzamento e ele estaria livre para finalizar.
Luiz Adriano sai da referência e cria a opção para o cruzamento — Foto: Reprodução/Léo Miranda
As infiltrações são o grande forte do Palmeiras com Abel Ferreira. Infiltração é o deslocamento de quem está perto do gol, na cola dos zagueiros e com cuidado para não ficar impedido, para receber a bola no ponto futuro e nas costas dos adversários.
É um movimento que exige uma percepção muito grande, porque é preciso correr antes mesmo do companheiro dar o passe, como Luiz Adriano faz no lance do segundo gol.
Luiz Adriano faz uma infiltração — Foto: Reprodução/Léo Miranda
No fim, Luiz Adriano tem tudo: muitos gols, dedicação sem a bola (como foi visto contra o River Plate), assistências e movimentos inteligentes para criar espaço aos companheiros. O típico jogador inteligente que faz o que o jogo pede – e ajudou o Palmeiras a construir uma goleada que salienta a briga por três títulos na temporada.
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GE – Globo Esporte.
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