O documento foi publicado por um veículo da Itália
Thais Bueno Publicado em 20/01/2023, às 18h09
Um documento, divulgado recentemente pelo veículo italiano "Corriere della Serra", trouxa à tona uma denúncia de fraude fiscal contra a Juventus, em um acordo que envolveu a chada de Cristiano Ronaldo ao clube em 2018.
De acordo com informações do GE, na publicação, é possível ver que eles falam sobre um acordo entre o clube italiano e o jogador, ainda em 2020, para adiar quatro meses de salário do astro.
A "carta secreta", que já é de conhecimento do Ministério Público da Itália, revelou o acordo da Juve de pagar quase 20 milhões de euros (R$ 105 milhões), o equivalente a quatro meses do salário do craque português na época. No entanto, a denúncia se enquadra no fato de que a Juventus não incluiu o valor em seu balanço anual correspondente.
O que aconteceu, de fato, foi o seguinte: os dirigentes da 'Velha Senhora' afirmaram que tinha chegado a um acordo para uma redução salarial dos seus jogadores, com o objetivo de aliviar os efeitos da pandemia na economia.
Contudo, o MP descobriu, também por conta desta "carta secreta", que o acordo não era uma renúncia, mas sim o adiamento do pagamento de três dos quatro meses acordados (de março a junho de 2020).
O documento chegou às mãos da polícia italiana em 23 de março de 2022 após uma busca e apreensão realizadas na sede da Juve, conforme explicado pelo periódico europeu. O acordo tinha sido assinado apenas pelo então diretor esportivo, o italiano Fabio Paratici.
Vale mencionar que a investigação dos policiais da Itália sobre irregularidades na contabilidade da Juventus teve início em novembro de 2021.
Procuradores de Turim fizeram análises dos últimos três balanços financeiros do clube e acharam alguns indícios de crime por "falsas comunicações de empresas cotadas e emissão de faturas de operações inexistentes".
Foi por conta disso que descobriram que a Velha Senhora, que dizia ter reduzido o salário de seus jogadores, na verdade apenas adiou o pagamento de alguns atletas, com um deles sendo o craque CR7.
Outra situação que foi revelada na denúncia da investigação Prisma é o pagamento de indenizações a agentes de futebol por transferências de jogadores que não aconteceram.
Pelo menos 15 pessoas já foram indiciadas pelas autoridades da Itália: Andrea Agnelli, o ex-vice-presidente Pavel Nedved (ex-jogador), o antigo diretor esportivo Fabio Paratici e outras 12 que não tiveram as identidades reveladas.
Na tarde desta sexta-feira (20), a corte da Federação Italiana de Futebol (FIGC) puniu a Juventus: o time perdeu 15 pontos dos 37 que conquistou nessa edição do Campeonato Italiano, caindo da 3ª posição para a 11ª. Com isso, fica 12 pontos atrás da colocação para se classificar para as competições europeias.
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