Após anos de crescimento, a dívida do Corinthians foi estabilizada em 2021, no primeiro ano do mandato do presidente Duílio Monteiro Alves. Porém, ela segue
Redação Publicado em 13/01/2022, às 00h00 - Atualizado às 10h24
Após anos de crescimento, a dívida do Corinthians foi estabilizada em 2021, no primeiro ano do mandato do presidente Duílio Monteiro Alves. Porém, ela segue em patamar extremamente elevado, próximo de R$ 1 bilhão, o que causa problemas ao clube.
Além de comprometer o fluxo de caixa do Corinthians, o endividamento gera um custo elevado com juros. O cenário fica ainda mais complicado com o aumento da taxa Selic, que está em 9,25% ao ano e pode terminar o ano em 11,75% segundo previsões de analistas do mercado financeiro no último boletim “Focus”.
Para 2022, o Corinthians prevê em orçamento gastar R$ 81 milhões com despesas financeiras. O valor é quase o dobro do que foi desembolsado no ano passado (cerca de R$ 46 milhões).
Para se ter uma ideia do que esse valor representa, ele é maior do que o montante que o Corinthians espera arrecadar com bilheteria de jogos (R$ 70 milhões) e com receitas da marca (R$ 50 milhões).
A diretoria alvinegra admite que o endividamento elevado é um problema e afirma que vai trabalhar para começar a reduzi-lo a partir desta temporada.
– Nominalmente, a dívida é muito alta, e a taxa Selic, referência para esse endividamento, começou o 2021 a 2%, fechou a 9%, e para o próximo têm previsões para 10%. Isso é o reflexo do endividamento, vai continuar sendo nosso calcanhar de Aquiles. A gente vem trabalhando para reduzir. Não vamos liquidar todas as dívidas, mas precisamos diminuir para ter menos despesas financeiras – afirmou o diretor financeiro do Timão, Wesley Melo, em entrevista coletiva.
De acordo com o último balancete financeiro divulgado pelo Corinthians, referente a setembro de 2021, a dívida de curto prazo (que precisa ser paga em até um ano) do clube é de R$ 556,6 milhões. A maior parte, R$ 232,3 milhões, com fornecedores.
Vale lembrar que estes números não englobam o financiamento da Neo Química Arena que o clube tem de pagar para Caixa Econômica Federal.
Em 2021, o Corinthians contratou a consultoria KPMG para auxilia-lo na renegociação com credores. O clube também conta com os serviços da Falconi para reduzir custos.
O trabalho de saneamento financeiro já começou a surtir efeitos. O clube deve confirmar em breve um superávit de aproximadamente R$ 3 milhões no último ano, encerrando assim uma sequência de quatro temporadas seguidas com as contas no vermelho.
Em 2020, o clube teve déficit de R$ 123 milhões. Já no ano anterior, o resultado tinha sido ainda pior: R$ 195,4 milhões de prejuízo, o pior resultado da história alvinegra.
A última vez que o Timão teve um resultado financeiro positivo foi em 2016, ano marcado pela venda de diversos atletas que tinham sido campeões brasileiros na temporada anterior. Na ocasião, houve superávit de R$ 31 milhões.
.
.
.
.
GE
Leia também
Membro do partido Democrata pede que Biden abandone sua candidatura
Governo busca proibir Meta de usar dados de usuários para treinar IA
Manifestantes barram passagem de Bolsonaro em Rodovia no Pará
VÍDEO: Maíra Cardi ignora comentários e fala sobre "chupar rola" na frente da filha
ONLYFANS - 7 famosas que entraram na rede de conteúdo adulto para ganhar dinheiro!