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Cesar Cielo: “Minha relação com a piscina foi de amor e ódio”

Ouro olímpico, recordista e tricampeão mundial nos 50m livre, homem mais rápido da história nos 100m livre e atleta brasileiro com mais medalhas em

Cesar Cielo: “Minha relação com a piscina foi de amor e ódio”
Cesar Cielo: “Minha relação com a piscina foi de amor e ódio”

Redação Publicado em 06/10/2021, às 00h00 - Atualizado às 18h53


Único campeão olímpico da natação brasileira fala dos feitos e frustrações no podcast em entrevista “O Cientista do Esporte”

Ouro olímpico, recordista e tricampeão mundial nos 50m livre, homem mais rápido da história nos 100m livre e atleta brasileiro com mais medalhas em Campeonatos Mundiais. Cesar Cielo é o maior nadador que o esporte nacional já produziu. Com três pódios em Olimpíadas, o paulista de 34 anos ainda não oficializou a aposentadoria, mas não compete em um grande torneio desde o fim de 2018.

Cesar Cielo comentou a natação nos Jogos Olímpicos de Tóquio — Foto: Sérgio Zalis/Divulgação Globo

Cesar Cielo comentou a natação nos Jogos Olímpicos de Tóquio — Foto: Sérgio Zalis/Divulgação Globo

Em entrevista ao podcast “O Cientista do Esporte”, de Luiz Prota, Cielo afirmou que tem uma relação de amor e ódio com a piscina, justamente o meio que o consagrou.

– De vez em quando eu me paro pensando se tivesse nadado só na universidade. Se terminasse a universidade e tocasse minha vida. Como seria minha questão de lazer e entretenimento. Vou ser bem sincero e dizer que é difícil. Eu tenho, de certa forma, uma relação de amor e ódio com a piscina muito grande. Não sei se os outros atletas são assim também. Eu amo tudo o que eu fiz porque entregou muito mais do que sonhei, não me arrependo de nada. Mas o custo disso foi muito, muito alto mesmo. Eu vejo a questão física como ossos do ofício. Tive que fazer cirurgia nos meus dois joelhos, tenho meu cotovelo esquerdo bem machucado, mas muito mais do que isso. O que eu não parei para pensar e hoje vejo é o que ser um atleta de alto rendimento faz com sua vida. Eu perdi momentos familiares que nunca mais vão voltar. Nascimento de filhos de amigos muito próximos, que eu só fui conhecer com quase dois anos. Já estava falando quando fui conhecer. Perdi casamentos, momentos em família porque simplesmente eu ia treinar. E é um custo muito caro – disse Cielo.

Na entrevista, o ainda recordista mundial das duas provas mais rápidas da natação contou do dia em que foi mais eficiente que Gustavo Borges em um treino no Esporte Clube Pinheiros em 2003, de como tomou a decisão de ir morar e treinar nos Estados Unidos e como isso afetou sua socialização, das medalhas nas Olimpíadas de Pequim, onde chegou desacreditado, a experiência como comentarista do SporTV nas Olimpíadas de Tóquio e o futuro.

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Globo Esporte
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