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Cássio x Diego Alves: paredões de Corinthians e Flamengo defendem vaga na final da Copa do Brasil

O empate em 0 a 0 na partida de ida e a ausência do gol qualificado no regulamento da Copa do Brasil 2018 abrem brecha para uma possibilidade real na

Cássio x Diego Alves: paredões de Corinthians e Flamengo defendem vaga na final da Copa do Brasil
Cássio x Diego Alves: paredões de Corinthians e Flamengo defendem vaga na final da Copa do Brasil

Redação Publicado em 26/09/2018, às 00h00 - Atualizado às 15h38


Camisa 12 do Timão foi herói do título do Paulistão 2018, defendendo todos os seus pênaltis em disputas após tempo normal. Goleiro rubro-negro vai melhor em pênaltis no geral e gols sofridos

O empate em 0 a 0 na partida de ida e a ausência do gol qualificado no regulamento da Copa do Brasil 2018 abrem brecha para uma possibilidade real na semifinal entre Flamengo e Corinthians: disputa por pênaltis em Itaquera. Nesse contexto, os holofotes ficariam em cima dos goleiros Cássio e Diego Alves, ambos com seleção brasileira no currículo e de bom retrospecto em penalidades máximas. O Espião Estatístico analisou o histórico recente dos goleiros para avaliar quem pode fazer mais diferença debaixo das traves durante os 90 minutos e uma possível disputa por pênaltis. Confira os números!

Contabilizamos apenas os jogos a partir do dia 30 de julho de 2017, estreia de Diego Alves pelo Flamengo, no empate em 1 a 1 justamente com o Corinthians.

 — Foto: Infoesporte

— Foto: Infoesporte

No período de um ano e dois meses pesquisado, Cássio teve o dobro de cobranças contra si, em relação a Diego Alves. Isso porque o Corinthians participou de duas disputas de penalidades no Paulistão 2018. Diego só foi acionado no tempo regulamentar das partidas.

Cássio levou três gols nas três cobranças durante os 90 minutos, mas cresceu na hora decisiva: nos 11 pênaltis em disputas pós-jogo, diante de São Paulo (semi) e Palmeiras (final), defendeu quatro – 36,4% de aproveitamento que garantiram o título paulista. No universo de 14 pênaltis do corintiano, curiosamente, todos os seis cobrados no meio do gol – rasteiros, à meia altura ou no alto – entraram. Mostrou, no entanto, capacidade para pegar dois pênaltis no canto esquerdo e outros dois no direito. Cássio, aliás, tem por hábito cair sempre para um dos cantos (investiu oito vezes para a esquerda, e seis para a direita).

Nas cobranças de pênaltis, Corinthians derrota o Palmeiras e fica com o título paulista

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– Na verdade a gente se prepara para todas as situações. Você não se prepara para perder, nunca me preparei para perder, só para vencer. Construí o que já construí no Corinthians assim, com pensamento positivo em qualquer situação. Se puder decidir no tempo normal, melhor. Mas se for para os pênaltis é ter concentração, conversar com o preparador e no momento fazer o melhor, que é defender para ajudar a minha equipe – disse Cássio.

Diego Alves era reconhecido na Espanha, na época de Valencia, como um dos grandes pegadores de pênaltis da Europa. Na chegada ao Flamengo, não abandonou a fama: espalmou três cobranças (quase 43%) em sete oportunidades. A agilidade e a paciência para esperar a opção do cobrador fizeram com que defendesse cada pênalti num local (esquerda, centro e direita). No entanto, o camisa 1 rubro-negro ainda não foi exposto, desde que retornou ao Brasil, ao ambiente de pressão de uma disputa de pênaltis, como Cássio foi recentemente.

Diego Alves pega pênalti cobrado por Jael, do Grêmio

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Duelo dos goleiros 2017/2018
CássioDiego Alves
Jogos6779
Desempenho31 V, 15 E e 21 D (54% de aproveitamento)39 V, 26 E e 14 D (60% de aproveitamento)
Pênaltis4 defesas e 10 gols (29% de aproveitamento)3 defesas e 4 gols (43% de aproveitamento)
Jogos sem sofrer gol26 (39% dos jogos)41 (52% dos jogos)
Gols sofridos56 (média de 0,8 por jogo)55 (média de 0,7 por jogo)

Assim como nos números gerais de penalidades máximas, Diego Alves leva vantagem em outros aspectos no período destacado. Mesmo com mais jogos disputados, o goleiro flamenguista sofreu um gol a menos que o corintiano, além de não ter sido vazado em mais da metade das partidas. Pesa também nessas estatísticas o momento de cada equipe.

O Flamengo tem o segundo melhor rendimento entre os clubes da Série A em 2018, com 63% de aproveitamento, atrás apenas do Palmeiras, que tem 68%. Já o Corinthians é apenas o 11º, com 53% de aproveitamento. Isso afeta o desempenho dos goleiros, de forma positiva ou negativa.

Por outro lado, não dá para comparar a trajetória de cada um nos respectivos clubes. Cássio é provavelmente o maior goleiro da história do Corinthians: chegou ao clube em final de 2011, venceu dois Campeonatos Brasileiros, uma Libertadores e um Mundial de Clubes, sendo decisivo em todas as conquistas. Já Diego está no Flamengo há pouco mais de um ano, passou por uma fase de adaptação e certa desconfiança, mas hoje se consolidou e tem moral com a torcida. Quem leva a melhor nessa disputa de goleiros: a história ou o momento? Logo mais a gente fica sabendo, às 21h45, na Arena Corinthians.

*A equipe do Espião Estatístico é formada por: Cássia Moura, Guilherme Maniaudet, Guilherme Marçal, Gustavo Pereira, Leandro Silva, Roberto Maleson e Valmir Storti.

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