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Auxiliar de Tite, César Sampaio vê Argentina com o DNA do “menino incrível” e ex-companheiro Scaloni

O técnico Tite dedicou os últimos dias a estudar em detalhes a Argentina, rival na decisão da Copa América neste sábado, às 21h, no Maracanã. Mas, nem ele e

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Redação Publicado em 10/07/2021, às 00h00 - Atualizado às 13h33


Dupla jogou junta no La Coruña, da Espanha, e relembrou os velhos tempo após amistoso entre as seleções em 2019. Conheça melhor o técnico adversário do Brasil na final da Copa América

O técnico Tite dedicou os últimos dias a estudar em detalhes a Argentina, rival na decisão da Copa América neste sábado, às 21h, no Maracanã. Mas, nem ele e nem qualquer outro membro da comissão da seleção brasileira conhece tão bem o treinador adversário, Lionel Scaloni, quanto o auxiliar César Sampaio.

Há 21 anos, o então volante brasileiro já tinha uma carreira de respeito e repleta de títulos quando chegou ao Deportivo La Coruña, da Espanha, e conheceu Scaloni, na época lateral-direito. O brasileiro estava com 32 anos, enquanto o argentino era um jovem de 22. A diferença de idade fica evidente no modo como o auxiliar de Tite se refere ao ex-companheiro:

– Ele sempre foi um menino fantástico.

O convívio com Scaloni, porém, durou pouco. Devido a uma lesão no tendão de Aquiles, César Sampaio ficou apenas um ano no clube espanhol. Embora curto, foi tempo suficiente para descobrir o perfil do argentino.

– O Scaloni sempre foi aguerrido, de um contra um, combate, intensidade, “box to box”. Estilo o Cafu, não os dois, mas o Scaloni fazia da valência física um dos pontos fortes dele. O que vemos na Argentina é isso, todos envolvidos no jogo ofensivo e defensivo, com diferenciais técnicos que são os homens de meio de campo, e a cereja do bolo é o Messi – opina o ex-volante.

O auxiliar de Tite vê a Argentina com características semelhantes às que seu treinador tinha quando era jogador:

– Como atleta, o Scaloni era um jogador muito envolvido com a dinâmica. Essa atmosfera que a seleção argentina vem empregando aqui na competição tem o DNA dele, sim – opina Sampaio, que ainda complementa:

– É uma equipe que vem definindo ou vem abrindo o placar e, a partir daí, sustentando para jogar de uma forma mais no erro do adversário, mais em transição. Olhando a equipe, a gente entende a ideia de jogo, dentro de campo os atletas refletem o que o treinador pensa. A sequência de resultados e a maneira como os resultados estão acontecendo nos dão esse perfil.

César Sampaio é auxiliar de Tite na seleção brasileira desde 2019 — Foto: Lucas Figueiredo / CBF

César Sampaio é auxiliar de Tite na seleção brasileira desde 2019 — Foto: Lucas Figueiredo / CBF

Ex-auxiliar de Jorge Sampaoli no Sevilla e na seleção, Scaloni assumiu o cargo de treinador da Argentina após eliminação nas oitavas de final da Copa da Rússia, quando ninguém parecia querer a vaga.

Antes de efetivá-lo, a Associação de Futebol da Argentina (AFA) ouviu “não” de nomes renomados, como Diego Simeone, Marcelo Gallardo e Mauricio Pochettino. Diante da desorganização da entidade, nenhum deles se mostrou disposto a trocar seus clubes pela seleção.

Apesar da queda para o Brasil na semifinal da última Copa América, Scaloni foi mantido no cargo e chega embalado para a decisão deste sábado por 19 jogos de invencibilidade – o último tropeço foi justamente para a equipe canarinho.

Sampaio diz estar feliz e admite até surpresa pelo amigo estar se saindo bem em meio às dificuldades pela falta de organização da seleção argentina.

O auxiliar de Tite também relata como foi o último encontro entre eles, em 2019, do outro lado do oceano.

– Nós perdemos o contato depois que eu saí do Coruña, o Djalminha era quem falava mais com ele. Eu voltei a ter contato com o Scaloni no amistoso que fizemos na Arábia Saudita há dois anos. Foi muito legal, depois do jogo ele me procurou. Mesmo que em amistoso (a Argentina venceu por 1 a 0), a gente fica meio assim, existe uma rivalidade grande. Mas ele me procurou e pudemos conversar sobre alguns momentos que vivemos em Coruña, e eu o parabenizei pela equipe. Eles vinham de um empate, se não me engano com a Alemanha, e ele vinha criando casca pela seleção. Não era um treinador provisório, mas tinha uns pontos de interrogação na AFA e no entorno da gestão. A gente fica feliz que ele tenha passado por esse momento turbulento. Meu início na Seleção foi quase junto com o início dele como treinador, batemos um papo depois do jogo, lembramos nosso convívio na Espanha, desejei a ele sucesso e ele, a mim também.

Os desejos de sucesso permanecem. Menos na final deste sábado.

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Fontes: Ge – Globo Esporte.

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