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Análise: Palmeiras sofre com pressão do Flamengo e cria pouco em noite sem inspiração

Fruto do cansaço ou uma atuação ruim? Seja por um ou por outro, a derrota por 2 a 0 complica as aspirações da equipe no Campeonato Brasileiro. A menos de dez

Palmeiras
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Redação Publicado em 22/01/2021, às 00h00 - Atualizado às 11h42


Verdão é dominado em boa parte do jogo e dá sinais de cansaço. É hora de poupar o time?

 Palmeiras entrou em campo no estádio Mané Garrincha para enfrentar o Flamengo em outra sintonia nesta quinta-feira. Enquanto o adversário parecia disputar um jogo decisivo, a impressão era de que o time paulista estava em uma partida que nada valia.

Fruto do cansaço ou uma atuação ruim? Seja por um ou por outro, a derrota por 2 a 0 complica as aspirações da equipe no Campeonato Brasileiro. A menos de dez dias da final da Libertadores, com dois jogos para fazer, chegou a hora de priorizar a partida mais importante do século para o Verdão.

Jogadores do Palmeiras sofreram com a marcação dos flamenguistas — Foto: Alexandre Vidal / Flamengo

Jogadores do Palmeiras sofreram com a marcação dos flamenguistas — Foto: Alexandre Vidal / Flamengo

Mas também é válido que Abel Ferreira tire algumas lições e corrija situações que aconteceram em Brasília e não podem se repetir de forma nenhuma contra o Santos.

O Palmeiras começou a partida fazendo uma marcação mais baixa, sem pressionar o adversário. Apesar da incrível chance perdida por Willian nos primeiros minutos, a falta de agressividade fez a equipe ser amplamente dominada, sobretudo no meio de campo – e foi ela quem acabou empurrada para trás.

Sem um jogador com poder de marcação (aí a falta que faz Patrick de Paula), o Palmeiras viu o Flamengo ter superioridade numérica e conseguir criar várias jogadas até com certa facilidade. Por outro lado, o setor ofensivo palmeirense foi praticamente nulo na etapa inicial.

A equipe teve enorme dificuldade em escapar da pressão exercida pelo Flamengo na saída de bola. Não houve dinâmica entre os meio-campistas para receber e fazer o jogo andar. Assim, o Palmeiras abusou dos lançamentos longos, e a bola esteve mais tempo nos pés do adversário.

No intervalo, Luiz Adriano disse que o time precisava ter “mais controle de bola”. E realmente isso faltou, já que nas poucas vezes em que ela com os meias, eles foram encaixotados pela marcação.

Gabriel Menino em disputa com Bruno Henrique em Palmeiras e Flamengo — Foto: Cesar Greco\Palmeiras

Gabriel Menino em disputa com Bruno Henrique em Palmeiras e Flamengo — Foto: Cesar Greco\Palmeiras

O segundo tempo deixou uma impressão melhor, mas não o suficiente para o resultado positivo. O time igualou as ações com o Flamengo. Virou uma partida mais parelha.

E aí fica mais um alerta para a Libertadores: com o gol perdido por Gabriel Menino, na marca de pênalti, sozinho, foram duas as chances inacreditáveis desperdiçadas pelo Palmeiras. E, em jogos desse tamanho, contra adversários do nível mais alto, isso faz enorme diferença.

Mesmo perdendo, Abel tirou Willian e Luiz Adriano para colocar Lucas Lima e Breno Lopes. Uma tentativa de ganhar o meio de campo e dar mais velocidade ao ataque. Não deu resultado.

A impressão que ficou também foi que o Palmeiras sentiu o cansaço no momento em que poderia assumir o comando das ações e pressionar. Faltou força ofensiva e, talvez, fôlego. O gol de Pepê foi o que faltava pra acabar com as chances do time de Abel Ferreira.

Faltam menos de dez dias e mais dois jogos do Brasileirão até a final da Libertadores. Embora o treinador português não queira abrir mão da competição nacional, a atuação desta quinta-feira talvez tenha dado provas de que é o momento de focar na decisão contra o Santos.

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GE – Globo Esporte.

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