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Análise: com Paulo Sousa elétrico à beira do campo, Flamengo mostra repertório variado e encurrala rival

O primeiro ato do Flamengo de Paulo Sousa foi elétrico. O treinador não parou à beira do gramado e por pouco não invadiu para dividir bolas. E o time - misto,

Análise: com Paulo Sousa elétrico à beira do campo, Flamengo mostra repertório variado e encurrala rival
Análise: com Paulo Sousa elétrico à beira do campo, Flamengo mostra repertório variado e encurrala rival

Redação Publicado em 03/02/2022, às 00h00 - Atualizado às 11h09


O primeiro ato do Flamengo de Paulo Sousa foi elétrico. O treinador não parou à beira do gramado e por pouco não invadiu para dividir bolas. E o time – misto, diga-se de passagem – esteve na mesma frequência, com muita movimentação e presença quase que ininterrupta no campo adversário. Apesar da fragilidade do rival, ficou escancarado que o Boavista não viu a cor da bola.

Marcação adiantada faz Vitinho sobrar na criação

Com três zagueiros, o Flamengo atacou no 3-4-3 que também pode ser lido como 3-4-2-1 e defendeu no 5-4-1. É bom dizer, porém, que Vitinho, dono do jogo com três assistências, teve menos responsabilidade defensiva e esteve mais solto. Isso se deu também pelo fato de Paulo Sousa ter utilizado marcação bastante adiantada, o que encurralou o Boavista em seu campo de defesa.

Com essa postura, os pontas não precisaram ficar correndo atrás de laterais, como aconteceu bastante no ano passado.

Quando tentava sair, o time de Leandrão já parava na penúltima linha do Flamengo. Vitinho e Marinho davam os primeiros combates. Foi assim que nasceu o primeiro gol. O camisa 11 roubou bola e cruzou rasteiro para o estreante marcar e rapidamente cair nas graças da torcida.

Frenético, Marinho ganha a torcida desde o início

Se Vitinho sobrou como principal organizador do time, Marinho foi o termômetro do frenético Flamengo. Teve o nome gritado pela torcida no primeiro minuto, ao partir para cima da marcação e sofrer falta. Mexeu-se da direita para a esquerda, finalizou cinco vezes (o vice-líder do time no quesito) e assumiu as cobranças de falta e escanteios. Aliás, foi ovacionado algumas vezes quando esteve na bandeirinha para batê-los.

Volantes ligados, e zagueiros participativos

Como dito antes, o Flamengo mandou no jogo, mas também é preciso destacar a importância dos volantes. Incansáveis na marcação e jogadores que mais foram chamados por Paulo Sousa para conversas à beira do gramado, João Gomes e Thiago Maia foram importantes no combate, participativos na construção e acabaram deixando alas e pontas com mais liberdade para fazer investidas pelo fundo.

Se sobra bola para o Flamengo trocar passes curtos e chegar ao gol adversário com tabelas, Paulo Sousa também mostrou repertório variado ao estimular seus zagueiros a lançarem. Noga participou muito da construção do jogo. No início, deu lindo passe longo para Matheuzinho. Foi o jogador que mais tocou na bola, com 69 passes (apenas dois errados).

Cleiton e Gustavo Henrique também fizeram uso do expediente, e David Luiz, que entrou no segundo tempo, deu sua contribuição ao olhar para um lado e lançar para o outro em passe perfeito para Everton Ribeiro.

Atacantes perdem chances aos montes

Que o Flamengo amassou o Boavista todo mundo sabe, mas por que não goleou? Talvez pela pontaria pouco afiada de Pedro e Gabigol – o último entrou no segundo tempo. Ambos já poderiam estar bem ranqueados na disputa pela artilharia caso não desperdiçassem ótimas chances.

O camisa 21 perdeu três oportunidades cristalinas antes de marcar o seu, enquanto o 9 mostrou preciosismo em lance no qual tentou driblar o goleiro e depois, livre, tirou demais da trave e mandou para fora. A exemplo do companheiro, foi às redes por estar bem posicionado dentro da área. Cabia mais para ambos.

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GE

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