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Abel sonha com mais títulos pelo Palmeiras e elogia rival: “Vai nos obrigar a estar no nosso melhor”

O discurso do Palmeiras antes da estreia no Mundial de Clubes da Fifa envolve sonho e muito respeito ao Tigres-MEX, adversário na semifinal da competição, em

Palmeiras
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Redação Publicado em 06/02/2021, às 00h00 - Atualizado às 20h45


O discurso do Palmeiras antes da estreia no Mundial de Clubes da Fifa envolve sonho e muito respeito ao Tigres-MEX, adversário na semifinal da competição, em duelo marcado para domingo, a partir das 15h (de Brasília), no estádio da Cidade da Educação, em Doha, no Catar. A TV Globo, o SporTV e o ge transmitem a partida ao vivo.

Em entrevista coletiva concedida no palco da partida, o técnico Abel Ferreira elogiou o adversário deste domingo e não escondeu o sonho de levar o Palmeiras ao título do Mundial de Clubes da Fifa. Antes da taça, porém, o foco está totalmente no forte clube mexicano.

— Se queremos ser os melhores, temos de enfrentar as melhores equipes. (Tigres) Vai nos obrigar a estar no nosso melhor. Estas competições nos desafiam, eles nos deixam alerta, isto que eu e meus atletas queremos. Temos de enfrentar as melhores equipes — afirmou o treinador português, que destrinchou bem o rival deste domingo.

— Tigres foi três vezes para final de Concacaf e é patrocinado pela segunda maior produtora de produtos de construção civil no mundo, que tem investido fortemente. É um time com grandes jogadores, tem uma forma propositiva de jogo, que valoriza o ataque. Estamos preparados para escalar esta montanha. Um adversário com qualidade individual e coletiva, mas nada altera nossa ambição e o que temos de fazer — acrescentou.

O treinador comentou também sobre o fato de estar na disputa por um título mundial, algo obtido pelos sul-americanos somente após a conquista da Copa Libertadores. Uma das maiores motivações do Palmeiras no Catar é o sonho de alcançar o “topo da montanha”.

— É algo que ainda não foi feito no nosso clube e nos motiva e nos desafia por saber que ainda ninguém conseguiu. E tudo faremos. Somos capazes de fazer e muito melhor que cada um de nós pensa, é nisso que temos de acreditar. Foi o que nos levou a vencer a Libertadores — assegurou.

— Isto que temos de fazer, viver com intensidade, competir, mas para ganhar. É nossa forma de estar, temos de fazer aquilo que sabemos, jogar futebol de alto nível, que nos sentimos seguros, que desfrutamos, é o que vamos tentar fazer amanhã. Respeitando nosso adversário e competir. Temos de competir — completou Abel Ferreira.

Fabrício Crepaldi fala sobre a preparação do Palmeiras para a semifinal do Mundial

Fabrício Crepaldi fala sobre a preparação do Palmeiras para a semifinal do Mundial

Confira mais respostas de Abel Ferreira antes da estreia:

Palmeiras no Mundial
— Fruto de um percurso, de um trabalho realizado, começado há vários meses. É um prêmio por isso, mas o grupo é ambicioso, muitas vezes somos capazes de fazermos muito mais do que pensamos. É um desafio, mas também uma grande satisfação.

Análise sobre o Tigres
— Três vezes final de Concacaf, é patrocinada pela segunda maior produtora de produtos de construção civil no mundo e tem investido fortemente na equipe. É um time com grandes jogadores, tem uma forma propositiva de jogo, que valoriza o ataque. Estamos preparados para escalar esta montanha. Um adversário com qualidade individual e coletiva, mas nada altera nossa ambição e o que temos de fazer. Se queremos ser os melhores, temos de enfrentar as melhores equipes. Vai nos obrigar a estar no nosso melhor. Estas competições nos desafiam, eles nos deixam alerta, isto que eu e meus atletas queremos. Temos de enfrentar as melhores equipes.

Abel Ferreira e Gustavo Gómez, do Palmeiras — Foto: Cesar Greco / Ag. Palmeiras

Abel Ferreira e Gustavo Gómez, do Palmeiras — Foto: Cesar Greco / Ag. Palmeiras

Sonho do título Mundial
— É algo que ainda não foi feito no nosso clube e nos motiva e nos desafia por saber que ainda ninguém conseguiu. E tudo faremos. Somos capazes de fazer e muito melhor que cada um de nós pensa, é nisso que temos de acreditar. Foi o que nos levou a vencer a Libertadores. Isto que temos de fazer, viver com intensidade, competir, mas para ganhar. É nossa forma de estar, temos de fazer aquilo que sabemos, jogar futebol de alto nível, que nos sentimos seguros, que desfrutamos, é o que vamos tentar fazer amanhã. Respeitando nosso adversário e competir. Temos de competir.

Abel Ferreira, técnico do Palmeiras, no estádio Cidade da Educação — Foto: Cesar Greco / Ag. Palmeiras

Abel Ferreira, técnico do Palmeiras, no estádio Cidade da Educação — Foto: Cesar Greco / Ag. Palmeiras

Mais sobre o Tigres e a forma do Palmeiras jogar
— O Tigres vai pela forma coletiva, temos de estar pensando antes da bola chegar e fazer nosso trabalho. Anteciparmos antes de chegar ao nosso adversário. É dentro de campo impor a nossa forma de defender e nossa forma de atacar. O adversário tem muita qualidade, tem um potencial tremendo e permitiu ter grandes jogadores e uma grande equipe. Temos de tapar os caminhos da baliza sem a bola e jogar com coragem quando tivermos a bola e para fazer gols. Só assim poderemos vencer este jogo.

Rival mais experiente
— Nosso adversário neste momento tem menos jogos realizados que o Palmeiras. É uma equipe com tempo necessário para recuperar, sem medo de ninguém, que vai pelo jogo coletivo. O futebol é físico, um jogador com 28, 30, 31 ainda é fresco. E com mais idade, ele compensa a capacidade física com sua inteligência. Corre menos e corre certo. Esta é a diferença, é isso que procuro como treinador. Que sejam inteligentes com corridas certas. O Tigres, mesmo no Bayern de Munique, vamos juntar, temos jogadores experientes e irreverentes. A mescla que faz a equipe que somos.

Brasileiros x mexicanos
— Quando falamos do futebol brasileiro, falamos de talento. E quando falamos de futebol mexicano, uruguaio, falamos de raça, atitude e isso que queremos juntos. Queremos ver talento, raça e atitude misturados. Por isso às vezes equipes sul-americanas se dão bem. É preciso competir, dividir cada duelo como se fosse o último. Temos de juntar o talento, a garra e competir. Isto que temos de fazer.

Fato de mexicanos torcerem contra o Palmeiras
— Há uma expressão que se usa no Brasil e eu não conhecia: “os secadores”. Há secadores para todo lado. O mais difícil no futebol às vezes é o fácil. Temos de nos lembrar o que nos trouxe até aqui e fazer o futebol coletivo, usar nossa forma de jogar, de defender e atacar. Depois, sabemos que todo mundo há torcedores e secadores e temos de encarar da mesma maneira. É ver alguém que nos apoia ou joga contra nós e nos seca.

Primeira visão sobre o Catar
— A primeira impressão que fiquei: é um país calmo, organizado, limpo e o Gustavo já falou: bonito. Construções novas e parabéns, tenho certeza que estarão preparados para o Mundial.

Abel fala mais sobre a postura do Palmeiras no jogo
— Nós não controlamos nosso adversário, respeitamos e estudamos todos, mas o importante é o que nós temos de fazer como equipe, é a capacidade de cada um entrar amanha e dar seu melhor, jogar no alto nível. Por muito que eu estude, nunca sei o que vai fazer o adversário, cada jogo tem uma historia. Mas no fim fica nossa identidade e nossa qualidade como equipe. Procuramos estudar, mas o mais importante é nossa capacidade de atacar e defender. Assim que vejo cada desafio, a capacidade de darmos nosso melhor para desafiar o adversário.

Abel Ferreira, técnico do Palmeiras, em treino no Catar — Foto: Cesar Greco / Ag. Palmeiras

Abel Ferreira, técnico do Palmeiras, em treino no Catar — Foto: Cesar Greco / Ag. Palmeiras

Prevenção em relação à bola aérea defensiva
— Melhor maneira de prevenir é fazer gol no adversário, como fizemos no gol do Breno Lopes. Essa é a melhor forma de prevenção.

Mais sobre a partida e a chance de jogar o Mundial
— Nossa vontade, nossa ambição e garra são tão grandes que nada desvia o que temos de fazer: nossa forma de jogar. Isso que mais importa, o que nós temos de fazer em campo. É um rival de grande investimento, grande time, mas não controlo. O grande desafio que os jogadores tem é ser a melhor versão de cada um deles, aproveitar essa oportunidade. Não sei se vamos voltar aqui um dia. Mas eu vou aproveitar cada momento como técnico e vou passar isso pra eles também. Estamos aqui por direito próprio e queremos proteger o nosso sonho até a final.

Como a individualidade pode definir o jogo
— A individualidade vai estar sempre presente, ela emerge dentro do coletivo. Para tirar o máximo dos meus jogadores, as individualidades aparecem depois, como no gol da Libertadores. Isso que espero amanha de cada um. O que mais exijo é que deem o melhor deles. Eu não prometi títulos ao Palmeiras e nunca prometerei. Mas eu prometo que daremos o melhor em cada jogo e cada treino, com todos os nossos recursos para ganhar. Eu peço que deem o melhor, é só isso. Que se esforcem, joguem o que sabem. Só isso que eu peço. Que eles deixem o ego em casa e compitam para eu escolher os melhores e competir com os rivais. Dentro do jogo coletivo surgem as individualidades. Sempre os meus recursos aos serviço do time, assim vejo a questão individual. Seja quem entra no começo ou quem está no banco. Essa é nossa força. Quando digo que todos somos um, é por isso. Esse espírito nos tem trazido até aqui.

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Fonte: GE – Globo Esporte.

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