Padre Julio Lancellotti é detonado nas redes por detalhe em foto para o Natal; veja

O padre Julio Lancellotti, conhecido por seu trabalho e abordagem mais progressista, compartilhou em suas redes sociais uma foto para desejar um feliz Natal para os fiéis, no último sábado (24). Contudo, a publicação gerou opiniões controversas nos comentários.

No registro, o padre aparece segurando uma escultura que representa o Menino Jesus. No entanto, o que chamou a atenção de alguns seguidores foi a cor da pele da escultura: preta.

Em seguida, diversos comentários criticando a postura do sacerdote surgiram na publicação, acusando o padre de misturar assuntos políticos com religião.

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“Uai, padre, tá querendo mudar a história? Para poder lacrar??? Acho que você precisa de mais um pouco de aula de história e teologismo… Não abdique os ensinamentos para lacrar”, disse um dos internautas.

“Tenho dó dessa alma, não pense que bondade ou vitimismo no céu não entrará antes do purgatório”, comentou um outro.

Uma terceira pessoa chegou a dizer que o sacerdote só estava fazendo aquilo para agradar a "militância": "Quando a militância vem antes da religião dá nisso aí mesmo”.

Em resposta, o padre tirou print de alguns dos comentários ofensivos e compartilhou em mais uma publicação com a legenda "Racismo estrutural".

Em contrapartida, outros seguidores elogiaram a postagem de Julio Lancellotti, ressaltando que a verdadeira etnia de Jesus não seria europeia, portanto os seus traços não se assemelhavam com os tradicionalmente representados em imagens e esculturas.

“Se o padre segura um bebê branco, loiro de olhos azuis, mesmo não sendo fidedigno à etnia de Jesus, ok, é só uma representação mesmo, sabemos que não era assim. Se segura um bebê negro: lacração, militância. Pelo o amor”, comentou um seguidor.

“Excelente foto, Padre. O embranquecimento de Jesus na história é algo construído e todos os estudos apontam que de fato ele seria um homem negro. Parabéns pela coragem, diante de uma sociedade onde o racismo embranqueceu até Jesus. Jesus é Jesus, mas esse fato importa contar!”, completou outro usuário.