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DJ detalha momentos de terror após explosão de panela de fondue

Juliana Maddeira teve 10% do seu corpo queimado e passou por 21 cirurgias

DJ detalha momentos de terror após explosão de panela de fondue - Imagem: reprodução redes sociais
DJ detalha momentos de terror após explosão de panela de fondue - Imagem: reprodução redes sociais

Vitória Tedeschi Publicado em 02/05/2023, às 15h49


A DJ Juliana Maddeira, de 28 anos, viu sua vida virar de cabeça para baixo após a explosão de uma panela de fondue que deixou 10% de seu corpo queimado. O acidente, que aconteceu em junho de 2022, ainda resultou em queimaduras de terceiro grau e mais de 20 cirurgias.

A jovem que tinha uma agitada vida noturna, além de possuir sua própria empresa e morar sozinha deu um depoimento emocionante ao UOL e contou detalhes de sua história.

Estava em uma boa fase até acontecer um acidente que viraria minha vida de cabeça para baixo. No ano passado, uma panela de fondue explodiu e o meu corpo pegou fogo. Eu tinha minha empresa aberta, morava sozinha, uma vida estável, até que, devido à explosão, queimei 10% do corpo, inclusive com queimaduras de 3° grau. Fiquei 40 dias internada - sendo 20 dias na UTI. Precisei de 21 cirurgias, levei 150 pontos e desenvolvi síndrome do pânico", começou.

"Lembro de cada momento antes de acontecer o acidente. Estava em casa e me preparava entusiasmada para fazer um jantar de Dia dos Namorados. Havia comprado uma panela de fondue e estava ansiosa para usá-la. Tudo pronto para a noite e fui experimentar a novidade" continuou Juliana.

A jovem continou dizendo que durante o jantar jogou álcool em gel no fogo que fica abaixo da panela na tentativa de aumentar a chama e continuar a preparar os alimentos.

"Depois de fazer isso por muitas vezes, aconteceu a explosão. O fogo veio em minha direção e vi meu corpo em chamas, só conseguia pedir socorro, implorava pela minha vida.Na hora do acidente, eu estava com um pijama de seda, que é um tecido muito inflamável, não sei dizer como a roupa não pegou fogo e engoliu meu corpo", relembra a DJ.

Neste momento, ela conta que não tinha noção do que estava acontecendo e apenas conseguiu correr para a cozinha e apagar o fogo na torneira. Logo em seguida, ela conta que correu para o banheiro e entrou embaixo da água gelada.

Ainda sentia meu corpo fervendo, parecia que eu estava cozinhando, literalmente. No banho, passei a mão no meu pescoço e minha pele saiu na minha mão. Veio o desespero, comecei a implorar para a única pessoa que estava comigo me levar para o hospital e fomos para o mais perto", relembra.

A DJ afirmou que estava preocupada de que sua mãe soubesse do acidente já que é portadora da síndrome do pânico, mas devido à gravidade do caso, o hospital precisou entrar em contato com a família da jovem.

"Os médicos a chamaram numa sala e ela veio me dar a notícia de que eu iria para a UTI. Foi um desespero. Surtei, não acreditava que tudo aquilo estava acontecendo. Como uma noite que tinha tudo para dar certo terminaria daquele jeito? Uma parte do fogo pegou a um polegar de distância do meu olho direito, por pouco não perco a visão".

Apesar do momento terrível e doloroso, mesmo após muito tratamento e cirurgias, Juliana conta que em dezembro já estava se sentindo muito melhor e já havia retornado para a maioria de suas atividades normais.

Em dezembro já estava me sentindo muito melhor comigo mesma. Hoje em dia tenho poucas marcas, já que continuo me tratando, os médicos ficam até chocados. Consigo fazer todas as coisas que quero: trabalho, curto, bebo, viajo. Só não rola ainda pegar praia, mas confesso que nunca gostei mesmo", afirmou orgulhosa.

"Não me recuperei do pânico, faço tratamento até hoje, terapias também. Fiquei com sequelas auditivas - escuto bem menos do ouvido esquerdo —e tenho uma leve perda de memória que é característica de pacientes sedados da UTI", finalizou. 

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