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Polêmica na TV

Crise ou debandada? Jovem Pan confirma uma nova demissão após o resultado do 2º turno

Caio Coppolla, Augusto Nunes e Carla Cecato estão entre os dispensados pela emissora

Mudança no editorial do Grupo Jovem Pan surpreendeu o público da emissora - Imagem: reprodução/Facebook
Mudança no editorial do Grupo Jovem Pan surpreendeu o público da emissora - Imagem: reprodução/Facebook

Mateus Omena Publicado em 08/11/2022, às 15h06


Ana Paula Henkel, 50 anos, anunciou recentemente em suas redes sociais o seu desligamento do Grupo Jovem Pan.

A jornalista e ex-jogadora de vôlei integra a crescente lista de profissionais que deixaram a casa desde o 2º turno das eleições.

A novidade causou espanto em diversos internautas, pois a debandada envolve principalmente bolsonarismo que repudiaram a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas eleições presidenciais. Entre eles, destacam-se Augusto Nunes, Guilherme Fiuza, Carla Cecato, Guga Noblat e Caio Coppolla.

Em seu perfil no Twitter, Ana Paula informou, na última segunda (7), sua saída da Jovem Pan News:

"Hoje pedi meu desligamento do [programa] Pingo nos Is. Tivemos o episódio da censura do TSE, mas desde o resultado das eleições nosso microfone foi aberto e não houve restrição".

"No entanto, meu amigo e mentor Augusto Nunes foi desligado. Ele quem me levou para a Jovem Pan e quem de fato me manteve no programa. Na semana de sua saída, ele pediu para que eu ficasse. Então, eu fiquei, obedecendo às ordens do nosso mestre. Mas seguir no programa sem a perspectiva da sua volta é impossível. E por isso pedi meu afastamento", explicou.

De acordo com o site Notícias da TV, a Jovem Pan em nota confirmou a demissão da comentarista de política.

Crise ou nova estratégia?

Após a derrota de Jair Bolsonaro no 2º turno das eleições de 2022, o Grupo Jovem Pan tem demonstrado uma rápida e radical mudança em sua linha editorial.

Aparentemente, a empresa identificou risco de perda de lucro e de anunciantes caso o apoio incondicional a Jair Bolsonaro (PL) permanecesse, independentemente do resultado das urnas.

Os dirigentes da emissora reconheceram que abrir mão das receitas do governo federal e estatais pode ser prejudicial para o negócio, especialmente diante de um cenário de perda de anunciantes e possibilidade de declínio na audiência.

Nesse sentido, a linha editorial do veículo se tornou mais branda em relação ao novo governo para, de certo modo, facilitar as relações com o presidente eleito Lula (PT). Por outro lado, a empresa também pode reduzir os custos com os apresentadores e comentaristas.

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