Pesquisa identificou qual inseto causa menos nojo nos consumidores e a melhor forma de introduzi-lo na alimentação
Ana Rodrigues Publicado em 25/09/2023, às 09h21
Comer insetos é uma das soluções para problemas nutricionais e ambientais, mas ingerir formigas ou um grilo é uma ideia repulsiva para grande parte da população. O cientista de alimentos Antonio Bisconsin Junior, escreveu uma tese de doutorado, que foi defendida na Faculdade de Engenharia de Alimentos (FEA) da Unicamp, onde ele pesquisou qual seria a melhor forma de introduzir insetos no cardápio das pessoas para que elas aceitem a ideia.
As principais conclusões de Antonio foram:
Segundo matéria doG1, comer insetos é vantajoso por duas razões: a nutrição e sustentabilidade.
Do ponto de vista nutricional, os insetos oferecem uma fonte de proteína de alta qualidade", afirmou Antonio.
Ainda segundo o pesquisador, a produção de insetos exige menos terra e água, do que a produção de carnes tradicionais e também, gera menos emissões de gases que causam o efeito estufa. Há um consenso científico de que, se os hábitos alimentares não mudarem, por volta de 2050, pode ocorrer um colapso na forma de produção de alimentos.
A população vai aumentar, mas não haverá terra e água suficientes para uma produção de carne compatível com a atual".
Uma parte do estudo de Bisconsin, foi a realização de uma pesquisa de campo com entrevistas. 780 pessoas foram ouvidas nos diversos campos do Brasil. Uma das primeiras respostas que obteve, foi a justificativa do por que os insetos aparecem pouco nos cardápios.
A palavra mais comum é nojo ou nojento. As pessoas têm repulsa porque associam inseto a doença ou lugar insalubre ou a algo potencialmente danoso, especialmente se veem um inseto inteiro", falou o pesquisador.
Ainda observou que, é muito comum que os consumidores sintam aversão por um alimento ao ver o animal inteiro. Deu o exemplo da carne, que não se vê um boi, e sim bifes em pedaços. Então, a ideia era procurar uma forma de apresentar os insetos de um jeito que, permita que os consumidores consigam dissociar o alimento do bicho do qual ele se originou. Aí surgiu a ideia de fazer uma farinha.
Pensando no mercado de suplementos para atletas, Bisconsin, em um laboratório na Alemanhadesenvolveu a "cricket protein", uma espécie de farinha para ser misturada a outras coisas. Por meio de uma série de preparos físicos e químicos, separa-se o exoesqueleto do inseto, onde há muita quitina, e a gordura do animal para retirar apenas a proteína.
A proteína parece uma espécie de farinha que tem uma boa solubilidade em água, como o whey protein, e também pode adquirir uma textura de gel para ser usada em alimentos de outras formas. Ainda não foi feito o teste em consumidores para averiguar se o alimento faria sucesso no mercado.
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