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Polêmica

Pais exigem demissão de professora de educação infantil por causa do “corpo” dela

As famílias também repudiaram o trabalho da profissional como digital influencer

Professora também compartilha conteúdos sobre artes e bem-estar nas redes sociais - Imagem: reprodução/Instagram @toyboxdollz
Professora também compartilha conteúdos sobre artes e bem-estar nas redes sociais - Imagem: reprodução/Instagram @toyboxdollz

Mateus Omena Publicado em 26/09/2022, às 16h06


Uma professora do jardim de infância está sendo atacada por pais de alguns alunos, que exigiram à direção da escola que ela seja demitida. O motivo seria a aparência física da mulher, que chama a atenção das crianças, especialmente dos meninos.

O caso aconteceu em uma escola primária na cidade de Pennsauken Township, no estado americano de Nova Jersey (EUA).

A vítima das ofensivas, cujo nome não foi revelado, é identificada nas redes sociais como “Toyboxdollz”. Além de lecionar artes para crianças da educação infantil, ela também atua como digital influencer, compartilhando conteúdos sobre bem-estar e atividades físicas aos seus seguidores.

Em seu canal no YouTube, a professora também produz vídeos no qual reforça a importância da educação na formação de seres humanos e aponta que esse processo envolve também cuidados com o corpo e a aparência.

A influenciadora, que declarou ser mãe de uma menina, diz querer que as crianças entendam que elas precisam se sentir confortável com quem elas são.

Ela relatou que alguns pais de alunos da escola onde ela trabalha querem que ela seja expulsa por conta da sua aparência física. Segundo as queixas às quais a professora teve acesso, os pais teriam enviado uma carta às autoridades pedindo que a afastassem de seu trabalho, alegando que sua imagem “distraia” as crianças.

De acordo com as leis trabalhistas de Nova Jersey e até mesmo as leis federais dos EUA, no entanto, seria ilegal demiti-la por causa de sua aparência física.

Diante desta situação, a direção da escola manifestou um impasse, pois não sabe se deveria atender às exigências do grupo de pais ou abafar o caso em favor da professora, de acordo com o site Infobae.

As famílias também repudiaram a atuação da professora nas redes sociais. Para muitos pais, uma profissional da educação não deveria se expor na internet, muito menos exaltar seu próprio corpo aos internautas.

Apesar das reclamações desse grupo, a popularidade da professora cresceu expressivamente nas redes sociais, em razão da repercussão do caso. Em apenas dois meses, ela conquistou 200 mil novos seguidores.

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