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Pai de aluno com necessidade especial reclama da falta de monitores.

Os pais de um garoto de 10 anos que sofre de um distúrbio de comportamento reclamam da falta de monitores para acompanhar o filho, que estuda em uma escola

Pai de aluno com necessidade especial reclama da falta de monitores.
Pai de aluno com necessidade especial reclama da falta de monitores.

Redação Publicado em 18/09/2017, às 00h00 - Atualizado às 11h18


Garoto de 10 acabou amarrado após sofrer um surto e pais cobram contratação de profissional para acompanhar o filho. Escola alega que entrou na Justiça para conseguir essa contratação.

Os pais de um garoto de 10 anos que sofre de um distúrbio de comportamento reclamam da falta de monitores para acompanhar o filho, que estuda em uma escola estadual de Marília (SP).

Após sofrer um surto e quebrar vidraças, o garoto foi contido pelo Samu, acabou amarrado, e o trauma da situação fez com que ele deixasse a escola.

A lei determina a contratação de monitores em escolas para acompanhar alunos que precisam de atenção especial. E a falta desse profissional, no caso do garoto de Marília, acabou sendo determinante para o desfecho desfavorável da história – ele está há oito dias estudando sozinho em casa.

O que a família do menino pede está previsto em lei. A legislação afirma que o Estado é obrigado a providenciar um profissional qualificado para acompanhar a criança ou adolescente que precise de um cuidador.

“A Constituição Federal estabelece que todas as crianças têm direito à educação fundamental, e o Estado é obrigado a fornecer todos os meios para que ela tenha acesso pleno à educação”, explica o defensor público Ricardo Jorge Barros.

A Diretoria Regional de Ensino de Marília é responsável por 14 cidades da região e tem matriculadas 469 crianças em condições especiais. Destas, apenas 86 têm um cuidador. No caso do garoto de 10 anos, a escola afirma que entrou na Justiça pedindo um cuidador.

“Nesse caso ainda não temos um cuidador porque o garoto tem como laudo a esquizofrenia, distúrbio que, segundo a legislação, não se enquadra para ter esse profissional de apoio.”, explica Ivanilde Elias Zamae, diretora regional de ensino.

A dirigente acrescenta que a lei só permite a contratação de um cuidador nos casos de crianças com necessidades especiais, como cadeirantes ou com paralisia.

 A diretora regional de ensino de Marília, Ivanilde Elias Zamae, diz que tenta na Justiça contratar um monitor (Foto: Reprodução / TV TEM)

A diretora regional de ensino de Marília, Ivanilde Elias Zamae, diz que tenta na Justiça contratar um monitor (Foto: Reprodução / TV TEM)

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