De acordo com a polícia, o profissional não reconheceu os atestados, porque a assinatura e datas determinadas não eram compatíveis. Ainda segundo a polícia, os professores que apresentaram os documentos falsificados não são concursados e têm contrato de trabalho temporário.
“Nós precisamos fazer o exame caligráfico e comprovar, junto da assinatura do médico, que estes atestados são falsos. O uso já está caracterizado porque eles foram apresentados pelos professores na delegacia de ensino. Eles são indiciados por uso de documento falso e vamos verificar se eles falsificaram ou não”, afirma o delegado Marcos Roberto da Costa.
Se confirmado o crime, os professores podem responder por falsificação de documentos. O falsificador está sendo procurado.
A Diretoria de Ensino de Araçatuba afirmou que repudia a atitude dos professores e informou que foi instaurada a apuração preliminar para investigar as denúncias. A diretoria também informou que seis dos oito professores envolvidos estão afastados dos cargos.
O Sindicato dos Professores do Estado de São Paulo, Apeoesp, afirmou que a atitude dos profissionais é antiética e disse que quatro dos profissionais envolvidos teriam ligação com o Conselho Executivo da Apeoesp e foram afastados do conselho.
“A Apeoesp é totalmente contra os professores que apresentaram o atestado falsificado. Não podemos compactuar com um erro deles e principalmente achamos antiético e imoral por parte deles”, diz o coordenador da associação Carlos Massaiti.
Segundo a Polícia Civil, o mesmo médico registrou um boletim de ocorrência sobre a falsificação de outros 45 atestados apresentados pelos mesmos professores.