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Mães vendem doces para investir R$ 14 mil em câmeras para escola

As mães dos alunos que estudam na única escola estadual de Valentim Gentil (SP) se uniram para tentar melhorar a segurança dos filhos no local. Para isso,

Mães vendem doces para investir R$ 14 mil em câmeras para escola
Mães vendem doces para investir R$ 14 mil em câmeras para escola

Redação Publicado em 14/09/2017, às 00h00 - Atualizado às 09h25


As mães dos alunos que estudam na única escola estadual de Valentim Gentil (SP) se uniram para tentar melhorar a segurança dos filhos no local. Para isso, elas preparam e vendem quitutes e, com parte do dinheiro já arrecadado, compraram câmeras de monitoramento que foram instaladas na escola Professor Cícero Usberti.

As 24 câmeras, que custaram aproximadamente R$ 14 mil, foram implantadas há cinco meses na escola onde estudam pouco mais de mil alunos. Os responsáveis pelos estudantes garantem que solicitaram o serviço de monitoramento aos órgãos públicos, mas não tiveram resultado positivo. Então, decidiram pagar pelo serviço com a preparação e venda dos doces.

“A instalação das câmeras é uma necessidade para as crianças. Eu não penso só no meu filho que estuda lá, mas nas demais crianças da cidade”, afirma a dona de casa Sanderli Bolanhezi Junqueira.

A iniciativa recebeu o nome de “Amigos da Escola” e tem como a principal forma de arrecadar dinheiro vendendo doces caseiros. As mães vão à feira uma vez ao mês e se dedicam por horas no trabalho voluntário. “Ninguém aqui era doceira. Então a gente pegou receitas de família, produzimos e vendemos na feira”, explica Silmara Verdi.

Os alunos também ajudam nas vendas. Eles acreditam que a união vai ajudar a terminar o pagamento das câmeras. Até agora, elas garantem que, pelo menos, metade dos R$ 14 mil já foi arrecadada.

A diretora da escola, Elenir Espinosa Cajuela, garante que com a instalação do sistema de segurança, o comportamento dos alunos tem melhorado. “A gente observou que o comportamento dos alunos está cada vez melhor em relação à conservação do patrimônio”, diz.

“A questão da câmera foi com o intuito de a gente se unir para fazer algo pela escola. A gente achou que não devemos só esperar dos governantes. Tudo o que for benéfico para nossos filhos, para nós é uma satisfação imensa”, afirma a dona de casa e voluntária do projeto Leduane Guelfi Dias.

Depois de arrecadar o valor necessário para o pagamento das câmeras de segurança, os alunos já pensam em outros investimentos que irão melhorar o ambiente escolar. “Mais para a frente dá para instalar ar-condicionado, investir em mais livros e até em cortina nas salas de aula, porque bate muito sol”, finaliza a estudante Mariane Codinhoto.

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