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Transfobia

Docente da USP é acusado de ameaçar universitárias trans

As alunas - duas mulheres trans - relataram que sofreram comentários transfóbicos e violência de gênero

As alunas - duas mulheres trans- relataram que sofreram comentários transfóbicos e violência de gênero - Imagem: Reprodução/Freepik
As alunas - duas mulheres trans- relataram que sofreram comentários transfóbicos e violência de gênero - Imagem: Reprodução/Freepik

Ana Rodrigues Publicado em 10/11/2023, às 09h58


Duas estudantes de medicinada Universidade de São Paulo (USP) em Ribeirão Preto, interior de São Paulo, disseram ter sofrido transfobia. Para polícia, elas falaram que foram ameaçadas pelo professor Jyrson Guilherme Klamt.

Segundo a CNN, Stella Branco e Louíse Rodrigues e Silva, ambas mulheres trans, relataram que o professor fez comentários transfóbicos e cometeu violência de gênero contra elas, um dia após um evento que implementou banheiros de acordo com a identidade de gênero.

Klamt enviou uma nota à CNN, onde disse que as acusações são falsas narrativas com propósitos políticos.

O caso aconteceu durante a primeira semana de novembro deste ano no refeitório do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (HCFMRP).

A Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP) da USP disse que está em processo de instauração dos procedimentos legais para investigação do ocorrido e tomada das medidas cabíveis.

Louíse e Stella relataram que o professor Klamt se aproximou das estudantes e fez comentários de deboche e zombaria em relação ao evento e ao direito garantido pelas placas (no caso, utilizar o banheiro).

Diante dessas provocações, as alunas questionaram o docente sobre qual banheiro elas deveriam utilizar. Em resposta, o professor proferiu ameaças, afirmando que, se as alunas usassem o mesmo banheiro que sua filha, não sairiam de lá com vida.

Ele sentou na última mesa, e nós estávamos na primeira. Ele continuou proferindo as mesmas palavras, a mesma ameaça de que, se entrássemos no mesmo banheiro que a filha dele estivesse, sairíamos de lá mortos – sempre utilizando o masculino", complementou Stella.

E, ainda segundo as alunas, em outras ocasiões o professor já havia se referido a elas utilizando pronomes masculinos.

Após todo o ocorrido, as alunas registraram uma denúncia na Comissão de Direitos Humanosda faculdade e foram orientadas a registrar um boletim de ocorrência.

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