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Fertilizantes

Petrobras planeja criar uma subsidiária na Arábia Saudita

Objetivo principal da subsidiária seria reduzir dependência brasileira de fertilizantes

Petrobras (PETR3 PETR4) inicia divulgação de venda de unidade de fertilizantes - Imagem: Divulgação / Petrobras
Petrobras (PETR3 PETR4) inicia divulgação de venda de unidade de fertilizantes - Imagem: Divulgação / Petrobras

Marina Roveda Publicado em 05/12/2023, às 08h39


A Petrobras está considerando a criação de uma subsidiária no Oriente Médio, possivelmente chamada de Petrobras Arábia. O presidente da estatal brasileira de petróleo, Jean Paul Prates, encomendou estudos de viabilidade para essa iniciativa.

A proposta surge em meio ao convite feito ao Brasil para ingressar na OPEP+ (Organização dos Países Exportadores de Petróleo), um grupo essencial na definição dos preços globais do petróleo. A aceitação formal desse convite está prevista para o próximo ano, e o Brasil busca uma participação colaborativa na OPEP+, sem entrar no regime de cotas tradicional dos membros permanentes da OPEP.

Durante uma visita à Arábia Saudita, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva destacou a possibilidade de investimentos cruzados entre a Petrobras e empresas sauditas para a produção de fertilizantes. A proposta visa garantir a segurança alimentar global diante das incertezas decorrentes do conflito entre Rússia e Ucrânia. Lula desafia os países produtores de petróleo a investirem na transição energética e em fontes sustentáveis, deixando para trás a dependência exclusiva de combustíveis fósseis.

O presidente da Petrobras esclareceu que o principal objetivo da subsidiária no Oriente Médio seria reduzir a dependência brasileira de fertilizantes. Atualmente, o Brasil importa volumes significativos desse insumo, liderado por países do Oriente Médio e pela Rússia.

O estudo encomendado por Prates sugere parcerias minoritárias com empresas do Catar e Arábia Saudita em projetos para a produção de fertilizantes, beneficiando o agronegócio brasileiro. Além disso, estão sendo analisadas possíveis parcerias com empresas chinesas e oportunidades para a expansão do refino no Brasil.

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