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Combustíveis

Petrobras anuncia redução em quase 5% no preço da gasolina

Estatal declarou que busca o equilíbrio dos seus preços com o mercado global

A partir de amanhã, o preço do litro da gasolina terá redução de R$ 0,18 - Imagem: Freepik
A partir de amanhã, o preço do litro da gasolina terá redução de R$ 0,18 - Imagem: Freepik

Mateus Omena Publicado em 15/08/2022, às 15h23


A Petrobras anunciou nesta segunda-feira (15) que vai reduzir o preço da gasolina vendida às distribuidoras em 4,85%. A partir de terça-feira (16), o preço do litro passará de R$ 3,71 para R$ 3,53 por litro, uma redução de R$ 0,18 por litro.

Desde a última redução, em 29 de julho, o litro da gasolina é vendido às distribuidoras a R$ 3,71. No ano, o combustível ainda acumula alta de 14,24%.

Em julho, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (IPCA) informou que a gasolina ficou em média 15,48% mais barata nas bombas. Em 12 meses, no entanto, o combustível ainda acumulava alta de 5,64%. A redução nos preços no período foi impulsionada principalmente pela imposição de um limite para as alíquotas do ICMS, imposto estadual que incide sobre o combustível.

O levantamento semanal de preços feito pela Agência Nacional do Petróleo (ANP), no entanto, não é divulgado há duas semanas, após uma tentativa de ataque aos sistemas da agência.

"Essa redução acompanha a evolução dos preços de referência e é coerente com a prática de preços da Petrobras, que busca o equilíbrio dos seus preços com o mercado global, mas sem o repasse para os preços internos da volatilidade conjuntural das cotações internacionais e da taxa de câmbio", explica a estatal em nota.

A Petrobras apontou também que, levando em conta a mistura obrigatória de 73% de gasolina A e 27% de etanol anidro para a composição da gasolina comercializada nos postos, a parcela da companhia no preço ao consumidor passará de R$ 2,70, em média, para R$ 2,57 a cada litro vendido na bomba.

A companhia manteve o valor do diesel, após ter cortado o valor do combustível nas distribuidoras na semana passada, na segunda redução em agosto, informou a agência Reuters.

Após uma escalada de preços dos combustíveis ao longo do ano, o petróleo está operando em patamares mais baixos, com o mercado focando a demanda, que pode ser impactada pela desaceleração econômica global.

No início da tarde desta segunda-feira (15), o Brent recuava 4%, em virtude de preocupações com o consumo no mercado chinês, após a divulgação de dados econômicos fracos.

A atual gestão do presidente da Petrobras, Caio Mario Paes de Andrade, tem sido marcada pela redução nos preços do petróleo e derivado no mercado internacional. Desde que assumiu a presidência da estatal, em 28 de junho, o preço do barril tipo Brent recuou cerca de 20%.

De acordo com levantamento da Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom), desde de 26 de julho, a gasolina vendida no Brasil estava mais cara em relação ao exterior, sendo que as diferenças variavam de 7 a 43 centavos por litro.

Em um relatório divulgado nesta segunda-feira (15), a organização apontou que na última sexta-feira (12) a diferença era, em média, de 33 centavos. Essa redução de 18 centavos, portanto, ainda deixa a gasolina nacional mais cara em relação à cotação externa.

A manutenção de preços iguais ou mais altos no mercado interno ajuda a manter a atratividade da venda do combustível ao Brasil pelos importadores, porque o país não é autossuficiente na produção.

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