Enquanto as mulheres estudam em média, 12 anos, os homens fazem isso por 10,7 anos
Ana Rodrigues Publicado em 05/03/2024, às 08h51
As mulheres no mercado de trabalho brasileiro estudam mais anos, porém não chegam a 40% dos cargos de liderança no país.
Segundo o levantamento da CNI (Confederação Nacional da Indústria) feito com dados de 2023, hoje, as mulheres ocupam 39,1% dos cargos de liderança no país. De acordo com o UOL, isso representa um aumento de mnos quatro pontos percentuais em relação a 2013, quando ocupavam 35,7% das posições de liderança.
Os levantamentos foram feitos pelo Observatório Nacional da Indústria, com base nos microdados da PNAD Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua) do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Os cargos considerados de liderança são os que exercem funções como diretores, dirigentes, gerentes ou supervisores.
Porém, as mulheres empregadas estudaram mais tempo do que os homens. Ainda segundo a pesquisa, elas estudaram em média, 12 anos, já os homens fizeram isso por 10,7 anos em média. E, nem por isso, chegaram a mais cargos de chefia.
A amostra faz parte de um estudo nomeado "Mulheres no Mercado de Trabalho", que deve ser apresentado hoje (5), no evento da CNI. Além das posições de liderança, a pesquisa inclui dados da participação feminina em diversos vieses, como salário, escolaridade e jornada de trabalho.
Em relação a equidade salarial entre homens e mulheres aumentou, mas em ritmo reduzido. Segundo a CNI, em 2023, a paridade no Brasil chegou a 78,7 pontos em um total de 100. Em 2013, era 72 pontos.
Se o ritmo continuar assim, serão necessários 131 anos para alcançar a igualdade entre homens e mulheres no Brasil, de acordo com o fórum.
É urgente ampliar o debate e implementar medidas concretas para chegarmos a um cenário de equidade plena no mercado de trabalho brasileiro", alegou Ricardo Alban, presidente da CNI, em comunicado à imprensa.
Nesses dez anos, o índice de empregabilidade feminina também cresceu pouco: 6,4%. De acordo com o levantamento, as mulheres passaram a estar ocupadas de 62,6%, em 2013, para 66,6% em 2023.
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