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Itaú envia ‘alerta vermelho’ econômico para os cotistas

A equipe de gestão de recursos do banco alertou sobre os impactos advindos do governo Lula

Logo Itaú e Lula. - Imagem: DIvulgação | Reprodução - Andre Borges/ Metrópoles
Logo Itaú e Lula. - Imagem: DIvulgação | Reprodução - Andre Borges/ Metrópoles

Marina Roveda Publicado em 13/01/2023, às 11h40


O braço de gestão de recursos do banco Itaú, Itaú Asset, enviou um alerta sobre os possíveis impactos políticos e econômicos do Brasil sob o atual governo. O comunicado foi enviado na quarta-feira (08), durante a carta mensal aos cotistas.

No documento, o Itaú afirma que as ações do governo foram na direção contrária ao ajustefiscal, devido a aprovação da PEC da Gastança, com um custo estimado em R$ 145 bilhões, e a prorrogação das desonerações sobre combustíveis, que custam R$ 50 bilhões ao ano.

A instituição ainda contesta que os dados econômicos do mês passado ficaram em segundo plano para Lula, e que foram ofuscados pelo noticiário político, em especial às indicações nada técnicas.

O banco ainda criticou a falta de clareza sobre a âncora fiscalda nova gestão, a ausência de informações sobre a reforma tributária e alertou para a possível elevação de impostos.

Nossos desafios de entender o novo arcabouço fiscal e as novas políticas econômicas do governo que acaba de assumir trará, no mínimo, alguma entropia e volatilidade aos mercados”, prevê o banco. “Teremos um ano desafiador internamente. Não se tem detalhes sobre como o governo pretende desenhar a futura regra fiscal, bem como se uma eventual reforma tributária trará um aumento relevante na arrecadação. Com isso, as expectativas de inflação para diversos prazos passaram a subir.

Os gestores da instituição financeira acreditam, ainda, que todos esses desdobramentos trazem riscos para a condução política monetária, que poderá ter dificuldade para atingir a meta de inflação.

“Soma-se a isso outras indicações negativas de política econômica (maior participação de bancos públicos no crédito — provavelmente subsidiado —, fim da agenda de privatizações, enfraquecimento da Lei das Estatais e da reforma trabalhista etc.), todas já testadas no passado”, ressaltou o Itaú. “O resultado foi (e deve voltar a ser) baixo crescimento, inflação alta, juro elevado e aumento do endividamento público.”, finalizou.

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