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Economia

Diferença salarial entre homens e mulheres chega a 25,2% no Brasil, aponta estudo

O estudo foi realizado pelo Governo Federal, com base em informações de quase 50 mil estabelecimentos comerciais

Diferença salarial entre homens e mulheres chega a 25,2% no Brasil, aponta estudo - Imagem: reprodução freepik
Diferença salarial entre homens e mulheres chega a 25,2% no Brasil, aponta estudo - Imagem: reprodução freepik

Lillia Soares Publicado em 25/03/2024, às 15h58


Um estudo realizado pelo Governo Federal, com base em informações de quase 50 mil estabelecimentos comerciais, revelou que as mulheres brasileiras recebem, em média, 19,4% a menos que os homens. Em cargos de dirigentes e gerentes, essa diferença de remuneração chega a 25,2%.

A necessidade de coletar dados para esse estudo é uma resposta a uma lei implementada no ano passado. Conforme informa o portal CNN, essa lei trata sobre a igualdade de salários e critérios de remuneração entre homens e mulheres.

Pela primeira vez, podemos de ter uma visão mais abrangente sobre os salários dos trabalhadores nas empresas, bem como suas políticas de contratação e promoção, levando em conta as diferenças de gênero. 

Quando olhamos para os números por raça ou cor, observamos que as mulheres negras têm uma presença menor no mercado de trabalho, representando apenas 16,9% do total, com um total de 2.987.559 vínculos. Além disso, elas enfrentam uma disparidade salarial mais significativa em comparação com outros grupos.

A remuneração média das mulheres negras é de R$3.040,89, o que representa 68% da média geral. Enquanto isso, os homens não-negros recebem em média R$5.718,40, o que é 27,9% superior à média. Em comparação com as mulheres não-negras, as mulheres negras ganham aproximadamente 66,7% da remuneração.

Também foram revelados dados sobre se as empresas têm políticas para contratar, manter e promover mulheres. O relatório mostrou que somente 32,6% das empresas têm políticas de incentivo para contratação de mulheres.

Quando olhamos para grupos específicos de mulheres, como negras, com deficiência, LBTQIAP+, chefes de família e vítimas de violência, o percentual de empresas com políticas de incentivo é ainda menor: 26,4%, 23,3%, 20,6%, 22,4% e 5,4%, respectivamente. Cerca de 38% das empresas declararam ter políticas para promover mulheres a cargos de direção e gerência.

Vale ressaltar que São Paulo lidera com o maior número de empresas participantes, totalizando 16.536, e apresenta uma variedade de cenários. As mulheres recebem, em média, 19,1% menos do que os homens, refletindo praticamente a mesma desigualdade média em nível nacional. A remuneração média no estado é de R$5.387.

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