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SELIC

Copom deve anunciar queda histórica do juros nesta quarta

Este será o segundo corte seguido da taxa Selic; taxa de juros pode atingir seu menor nível desde maio de 2022

COPOM - Imagem: Divulgação / Banco Central
COPOM - Imagem: Divulgação / Banco Central

Marina Roveda Publicado em 20/09/2023, às 07h31


O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central está programado para se reunir nesta quarta-feira (20) e a expectativa é que anuncie um novo corte na taxa básica de juros da economia, a Selic. Os economistas das instituições financeiras estimam uma redução de 0,5 ponto percentual, o que levaria a Selic de 13,25% para 12,75% ao ano. Essa decisão viria como continuação do movimento de redução iniciado em agosto deste ano.

Se essa previsão se concretizar, a Selic atingirá seu menor patamar desde maio de 2022, quando estava em 11,75% ao ano, representando a menor taxa em 16 meses.

A aposta do mercado financeiro na queda da Selic para 12,75% ao ano se baseia em indicações dadas pelo próprio Banco Central. Em sua última reunião, quando reduziu a taxa em 0,5 ponto percentual, o Copom sinalizou a possibilidade de continuar promovendo reduções da mesma magnitude.

Os analistas também projetam que a taxa de juros continue diminuindo nos próximos meses, encerrando o ano de 2023 em 11,75% ao ano. Para o final de 2024, a projeção é de que a Selic chegue a 9% ao ano.

A definição da taxa básica de juros visa controlar a inflação. O Banco Central está mirando a meta de inflação para o próximo ano, que é de 3%, e será considerada cumprida se oscilar entre 1,5% e 4,5%. No entanto, os economistas já reduziram sua estimativa de inflação para este ano, passando de 4,93% para 4,86%, e projetam uma inflação de 3,98% para 2024.

A redução da taxa de juros no Brasil terá várias consequências para a economia, incluindo a possível redução das taxas bancárias, o estímulo ao crescimento econômico, a melhoria das contas públicas devido à diminuição dos gastos com juros da dívida pública e um impacto nas aplicações financeiras, que podem ter rendimentos menores com o tempo.

Os economistas observam que, apesar do aumento da inflação em agosto deste ano, os dados subiram menos do que o esperado, o que fortalece a argumentação para a redução dos juros.

No entanto, ainda há uma perspectiva de cautela do Copom em relação aos próximos cortes, com o banco central mantendo um olhar sobre a evolução da economia, especialmente em um contexto de desaceleração esperada para o próximo ano. Além disso, a melhora na percepção de risco político-fiscal no Brasil também é considerada um fator que pode influenciar as decisões futuras do Banco Central em relação à taxa Selic

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