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Comércio

Após polêmicas sobre taxação, Shein assume novo compromisso com o governo brasileiro

Fernando Haddad, a pedido da empresa, se reuniu com acionistas e bateu o martelo para acordos

Acionistas da empresa Shein se reuniram com o ministro da Fazenda Fernando Haddad (PT). - Imagem: reprodução I Instagram @sheinbrasil_ e @fernandohaddadoficial
Acionistas da empresa Shein se reuniram com o ministro da Fazenda Fernando Haddad (PT). - Imagem: reprodução I Instagram @sheinbrasil_ e @fernandohaddadoficial

Juliane Moreti Publicado em 20/04/2023, às 15h05


Nesta quinta-feira (20), acionistas da empresa Shein se reuniram com o ministro da Fazenda Fernando Haddad (PT), e o presidente da Federação de Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) Josué Gomes, depois que uma polêmica estourou sobre taxar todos os produtos que seriam enviados ao Brasil. 

Ao final do encontro, de acordo com o portal Folha de S.Paulo, a Shein se comprometeu a investir diretamente em fábricas do nosso país, produzindo as mesmas mercadorias que são vendidas no site online, gerando mais de 100 mil empregos.

Além disso, uma das reclamações do Ministério da Fazenda era de que alguns negócios fugiam da legalidade das normas, ou seja, as diretrizes estavam sendo utilizadas de maneira irregular. Sendo assim, a ideia, que caiu por terra, era combater a sonegação por parte dos grandes negócios. 

Porém, os acionistas confirmaram que irão regularizar e seguir toda a legislação brasileira ao enviar as mercadorias ao nosso país, em que o comércio eletrônico está em alta demanda, mas, agora, acontecerá de forma regular. 

''Nós tivemos uma reunião a pedido da Shein, que veio nos anunciar duas coisas importantes. A primeira é de que eles vão aderir ao plano de conformidade da Receita Federal. Estão dispostos a fazer o que for necessário para normalizar as relações com o Ministério da Fazenda'', comentou Haddad. 

''Em segundo lugar, eles pretendem, em quatro anos, nacionalizar 85% de suas vendas no sentido (de que) os produtos serão feitos no Brasil'', acrescenta. ''É muito importante também que eles vejam o Brasil não só como um mercado consumidor, mas como uma economia de produção'', disse. 

A medida também vale para acionistas que estão em outras empresas como Shopee e AliExpress. Por enquanto, o ministro afirma que o caminho a ser seguido ''parece justo''. 

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