Mais de mil pessoas passaram em frente ao estabelecimento para acompanhar a jornada
Nathalia Jesus Publicado em 17/01/2023, às 11h31
No último sábado (14), três amigos concluíram um recorde inusitado de passar 48h consecutivas em um bar famoso de Belo Horizonte, em Minas Gerais.
Os estudantes Diogo Neiss, Lucas Chelala e Eduardo Alvares, de 22 anos, passaram ao todo 50h, duas a mais que o estipulado para a quebra do recorde, no Rei do Pastel, um dos bares mais queridos da capital mineira.
Em entrevista ao G1, o estudante de psicologia Eduardo Alvares disse que, além de comemorar a conclusão do desafio, os três amigos também agradeceram pelo valor final da conta.
Edu, por exemplo, gastou apenas R$ 150 no bar, enquanto os outros amigos desembolsaram cerca de R$ 220 cada. O baixo custo final também se deve aos mais de mil visitantes que passaram pelo estabalecimento para acompanhar a aventura dos três amigos e decidiram colaborar financeiramente com os custos da jornada.
"Achávamos que a parte mais difícil seria o valor, porque não tínhamos planejamento nenhum. Mas todo mundo abraçou muito a ideia e comprou tudo para a gente. Só tivemos alguns gastos quando não tinha muita gente lá. Foi bem menos do que imaginávamos", disse Eduardo.
Entre as regras da competição, os amigos deveriam zerar o cardápio de bebidas e comidas do Rei do Pastel. além de variar o máximo possível a forma de chamar pelo garçom, segundo Lucas Chelala, na última a lista passou 100, mas foi perdida.
Os desafiantes também deveriam registrar uma lista de presença de todos os visitantes que passavam pelo local durante o período em que estavam "hospedados" no bar. Alguns curiosos chegaram até a levar alimentos não-perecíveis que serão doados para uma instituição de caridade.
Durante as 48h que passaram no local, os jovens procuraram diversas atrações para se entreter nos momentos em que estavam sozinhos. Desde live de apostas online até oficina de argila, os amigos buscaram por alternativas para lidar com a "solidão" nos momentos em que o local estava vazio.
"O mais difícil, na verdade, foram os horários em que não tinha ninguém, só alguns bêbados que vinham conhecer a gente. Até pensávamos em tirar uma sonequinha, mas logo a galera chegava", contou Eduardo.
Natural de Minas Gerais, Eduardo Alvares retornou para Bauru onde estuda psicologia nesta terça-feira (17).
"É um pouco difícil voltar para a realidade, mas a gente aproveitou. Até com os xingamentos que tomamos do pessoal que não gostou do desafio, a gente tem se divertido. Os outros dois também voltaram ao trabalho, o pessoal achou até que era mentira que eles tinham um emprego", brincou.
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