Um relatório técnico do Ministério Público de São Paulo apontou problemas no projeto do monotrilho da Linha 15-Prata do Metrô de São Paulo, com risco de novos
Redação Publicado em 06/10/2021, às 00h00 - Atualizado às 09h30
Um relatório técnico do Ministério Público de São Paulo apontou problemas no projeto do monotrilho da Linha 15-Prata do Metrô de São Paulo, com risco de novos acidentes.
Um inquérito foi aberto pela Promotoria de Justiça do Patrimônio Público para investigar a obra após o estouro de pneus de uma das composições ter resultado na paralisação completa da linha por três meses em 2020. O processo também menciona a colisão entre dois trens que ocorreu em 2019 e uma sequência de falhas na linha em 2020.
“Conclui-se que a Linha 15 – Prata possuía problemas de projeto e execução nas obras civis que levaram a irregularidades na via-guia, bem como, problemas de projeto e fabricação e montagem dos trens e seus componentes, resultando em interferência entre o run flat e superfície interna da banda de rodagem dos pneus, sendo a combinação destes dois fatores a causa do estouro do pneu da composição M20”, diz o relatório do Ministério Público.
De acordo com o MP, entendeu-se que as irregularidades encontradas são de responsabilidade das empresas que formam o Consórcio Monotrilho Leste: Construtora Queiroz Galvão, Construtora OAS, Bombardier Transit Corporation e Bombardier Transportation Brasil.
No dia 27 de fevereiro de 2020, cinco pneus estouraram e todos os trens da linha foram recolhidos para análise. A linha foi interditada completamente no dia 29 de fevereiro, e a operação só foi retomada parcialmente em junho de 2020.
Os pneus do monotrilho funcionam com o sistema “run flat”, com um reforço de borracha. Análise técnica apresentada pelo próprio Consórcio já havia identificado que o problema da ruptura ocorreu devido ao toque entre o dispositivo “run flat” e a face interna do pneu de carga.
Segundo o relatório do MP, a folga entre os pneus e os dispositivos de “run flat” do monotrilho é inferior à necessária, “com riscos de superaquecimento, rupturas, projeção e queda de elementos, como o ocorrido em 27/02/2020”.
O promotor Silvio Marques, responsável pelo inquérito, solicitou novas informações ao Metrô e às empresas do Consórcio sobre a segurança da Linha-15 e prejuízos sofridos pelo erário.
Em nota enviada ao g1, o Consórcio Expresso Monotrilho Leste informou que “vem prestando todos os esclarecimentos solicitados”.
Já o Metrô afirmou que multou as empresas pelas falhas encontradas. “A conclusão do Ministério Público de que o Consórcio CEML é o responsável pelas inconformidades que levaram aos danos nos pneus de um dos trens da Linha 15, e posterior substituição das peças de outras composições, vai ao encontro do que foi constatado pelo Metrô à época, que inclusive multou essa empresa pelas falhas encontradas”, diz.
Em janeiro de 2020, a Linha-15 Prata foi recordista de falhas no sistema de trilhos da cidade. Levantamento feito pela TV Globo com base nas informações do Metrô apontou que a linha teve operação normal em 76,4% do tempo, ou seja, a cada quatro horas de funcionamento, uma foi atípica.
Logo no início do ano, a Linha 15-Prata enfrentou falhas que duraram mais de quatro dias. Por conta de problema na altura da estação São Lucas, na Zona Leste, os trens circulavam com lentidão e maior tempo de parada.
Em 2019, foram 27 dias com funcionamento em operação parcial. O caso mais grave foi de uma colisão entre dois trens em uma área de manobra. O acidente ocorreu nos trilhos que passam sobre a Avenida Sapopemba. Não houve feridos.
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