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Fortes temporais

Governo de SP e Prefeitura de São Sebastião foram avisados sobre risco de deslizamentos 2 dias antes da tragédia

O litoral do estado foi completamente afetado pelas intensas chuvas dos últimos dias

O Cemaden informou para o governo do estado de São Paulo e a Prefeitura de São Sebastião sobre os riscos de deslizamentos que poderiam causar um desastre no litoral. - Imagem: reprodução I Instagram @governosp
O Cemaden informou para o governo do estado de São Paulo e a Prefeitura de São Sebastião sobre os riscos de deslizamentos que poderiam causar um desastre no litoral. - Imagem: reprodução I Instagram @governosp

Juliane Moreti Publicado em 22/02/2023, às 16h02


O Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) informou para o governo do estado de São Paulo e a Prefeitura de São Sebastião sobre os riscos de deslizamentos que poderiam causar desastres no litoral do estado dois dias antes das trágedias em algumas áreas. 

''Nós conseguimos fazer a previsão com 48 horas de antecedência, inclusive, dando a localização do desastre'', informou o diretor do Cemaden, Osvaldo Morais, ao portal G1, falando mais sobre a medida que foi tomada.

O órgão federal opera em todo o território, monitorando as áreas de risco que estão em situação vulnerável para um desastre natural por meio do acompanhamento da meteorologia e, com base nisso, emitem alertas aos responsáveis para uma medida de prevenção. 

''A função do Cemaden é prever o desastre e isso foi feito. Nossa responsabiliade termina aí. Emitimos o alerta para os órgãos na quinta-feira. Eles foram avisados'', acrescentou o diretor do órgão, em que o comunicado foi relatado com risco ''muito alto''.

Entretanto, a maioria dos moradores da região, ao serem questionados pelo portal G1, relataram que não foram avisados pela Defesa Civil para que deixassem suas casas mesmo diante dos perigos dos deslizamentos. 

Um dos morados disse que a Defesa Civil manda alertas, mas ''não nessa gravidade toda (...) não teve nenhum toque de evacuar'', comentou. Inclusive, nesta segunda-feira (20), à TV Globo, Tarcísio de Freitas citou que é preciso ferramentas eficazes para comunicados. 

Em nota, a Defesa Civil Estadual reafirmou que o risco foi divulgado nas redes sociais, imprensa e por mensagem de SMS no telefone celular das pessoas cadastradas em seu sistema em todo o litoral, cerca de 228 mil contabilizadas.

Ainda assim, de acordo com a apuração do portal G1, a gravidade dos fatos só começou a ser divulgada quando já haviam mortos, pessoas sem energia e isoladas pelos alagamentos, por exemplo. Porém, as mensagens não estipulavam nenhum tipo de orientação para a população, até que a situação ficou extremamente grave.

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