Kahina Manelli, de 42 anos, conheceu a dança do ventre aos 15 anos em uma colônia de férias. Logo após começou a fazer aulas no interior de São Paulo. Hoje, ela tem uma escola de dança.
G1 Publicado em 28/08/2022, às 13h38
Umas das maiores honras de um bailarino é prestigiar a cultura e dançar na terra natal de origem da dança que pratica. E foi isso que aconteceu com uma bailarina de Sorocaba (SP), que foi convidada para dar aulas de dança do ventre e participar de um festival de dança no Egito, além de palestrar sobre dança na Grécia.
Ao g1, Karina Manelli, de 42 anos, que adotou o nome artístico de Kahina, contou que conheceu a dança no ventre aos 15 anos em uma colônia de férias e, logo após, começou a fazer aulas no interior de São Paulo.
"Eu não tenho descendência, mas sempre fui muito fascinada pela cultura egípcia. Isso muito antes da novela 'O Clone' e da cantora Shakira. Fiquei muito empolgada e comecei a fazer aula. Eu me apaixonei tanto pela dança que, em 2007, montei até meu próprio estúdio."
Ela conta que um dos maiores impulsos na sua carreira artística foi o músico egípcio, Hossam Ramzy. Em 2016, Kahira fez uma parceria com ele e os dois deram um curso no México que deu muita visibilidade para a artista.
"Eu era amiga dele no Facebook e curti uma publicação dele. Com isso, ele entrou em contato comigo, disse que gostava da minha dança e me convidou para estudar com ele. Foi muito importante para minha carreira."
Kahira ainda conta que foi modelo da capa do último CD do cantor. Hossam morreu em 2019 no Brasil.
A relação da Kahira com o país do Nilo já era antiga. Em 2017, ela foi para o Egito participar como aluna de um dos festivais de dança realizado no país.
"Nesses meses do meio do ano é muito comum ter festivais de dança por lá. Tive a oportunidade de conhecer tudo naquele ano como aluna, e nessa edição fui como professora", explica.
Segundo a bailarina, para participar do evento ela fez o seu portfólio e mandou para os organizadores do festival. No dia seguinte, um dos professores, que era amigo do Hossam, a convidou para ser uma das professoras do festival.
E um mês antes da viagem, Kahina participou de uma palestra aqui no Brasil, quando uma pessoa que ela entrevistou a convidou para um congresso fora do país.
Kahina foi para Athenas, na Grécia, onde palestrou e fez performance de dança do ventre no 58º Congresso Mundial de Pesquisa em Dança, promovido pela Unesco, Organização Educacional, Científica e Cultural das Nações Unidas e Conselho Internacional de Dança (CID).
"Foi algo inesperado. Mudei a passagem, dei uma palestra lá e participei do show. Que incrível", conta.
Após cinco dias em terras gregas, a bailarina embarcou para o Egito, onde ficou quinze dias, sendo a única brasileira convidada para participar do Festival Crazy Nights, no Cairo, capital do país.
Além de se apresentar no festival, a artista deu aulas e trocou experiências com os nomes mais proeminentes da dança do ventre mundial. Também teve o prestígio de ter algumas de suas alunas participando das aulas.
“Dançar e ensinar em um país onde a dança nasceu é o auge para a carreira de qualquer dançarina de dança do ventre, então me sinto muito honrada e lisonjeada. Foi surreal", comenta.
Para a artista, viajar pelo mundo apresentando, ensinando e aprendendo a arte da dança do ventre é a realização de um sonho que, apesar de ter sido fortificado pela paixão, começou de maneira despretensiosa.
“Quando a gente coloca o coração no que faz, não tem como dar errado. É meio clichê, mas para mim essa foi a maior lição dessa experiência”, comenta.
Com mais de 20 anos dedicados à dança do ventre, Kahina também é formada e pós-graduada na área de Hospitalidade no Turismo e detalha que essa experiência de visitar Europa e nordeste da África foi ainda mais proveitosa, pois pode unir as duas áreas de conhecimento.
Além de apresentar suas coreografias frequentemente nos palcos da região e da capital paulista, Kahina mantém há 15 anos em Sorocaba a sua própria escola de dança, o Espaço Klaryk Dança e Arte, especializada em cultura árabe.
“Infelizmente ainda hoje a dança do ventre sofre preconceito e é inferiorizada, e eu acho importante destacar que é fruto de uma cultura riquíssima”, destaca.
Agora, a bailarina conta que está focada nos eventos da escola, mas celebra alegre o convite para mais uma edição do festival no Egito em 2023.
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