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Então, é Natal! E o que você fez?

Por Kleber Carrilho

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Redação Publicado em 25/12/2021, às 00h00 - Atualizado às 08h50


Por Kleber Carrilho

Então, é Natal! E o que você fez?

Chegou a hora de fazer um balanço do ano, ver as realizações e projetar o futuro. Em geral, essas são observações pessoais, mas, em tempos estranhos como os que vivemos, é importante saber também o que temos feito em conjunto para salvar a democracia.

Por isso, faço essa pergunta: o que você fez? E o que pretende fazer?

2022 está chegando, tem eleições que podem mudar o rumo do país, e não adianta achar que torcer por um nome ou outro, brigar nas redes sociais e xingar o adversário vai influenciar o que está por vir. É preciso muito trabalho para que isso aconteça.

Esse trabalho pode ser na participação, no apoio, na multiplicação das mensagens para que novos atores possam aparecer. Porque, muito mais do que um novo (ou velho) presidente e 27 governadores, haverá eleições para a Câmara dos Deputados, para o Senado e para as Assembleias Legislativas.

Você já está trabalhando para novas lideranças aparecerem?

Eu tenho atuado com um foco principal. Dedicar uma parte do meu tempo para ajudar nesse processo. Por isso, tenho feito um trabalho pro bono com mulheres, jovens, negros e LGBTQIA+, para que haja maior participação de todos na vida política.

Tenho feito isso individualmente, mas também em iniciativas que mostram que tem muita gente boa pensando em fazer a diferença. Uma delas é o Todaz na Política, um grupo de profissionais de comunicação e estratégia, liderado pela Tamires Fakih e pela Ananda Miranda, que pretende formar mulheres para serem candidatas competentes e possam estar preparadas para a atuação parlamentar.

Em uma sociedade tão desigual quanto a nossa, em que, segundo levantamento do Made/USP, um conjunto de apenas 705 mil homens brancos têm renda maior do que todas as mulheres negras adultas juntas, não adianta achar que apenas uma porcentagem definida pela legislação vai fazer com que elas estejam em condições de igualdade.

Por isso, é essencial a atuação individual e coletiva, com trabalho especializado, educação, financiamento, apoio nas redes sociais, nas ruas e nos espaços de participação.

Afinal, a nossa democracia só vai continuar existindo se houver representação de verdade.

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*Kleber Carrilho é professor, analista político e doutor em Comunicação Social
Instagram: @KleberCarrilho
Facebook.com/KleberCarrilho
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