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Da festa da fraternidade

Por Rodrigo Sayeg

Da festa da fraternidade
Da festa da fraternidade

Redação Publicado em 21/12/2021, às 00h00 - Atualizado às 06h33


Por Rodrigo Sayeg

Da festa da fraternidade

Está chegando o Natal. Festa de celebração do nascimento de cristo e uma data que transcendeu o seu significado. Trata-se na verdade de uma verdadeira festa de fraternidade. Justamente nesta época na qual muito de nós celebramos o nascimento do salvador, celebramos nossas famílias, nossos amigos e as conquistas que tivemos e os desafios que superamos. Assim, é muito comum perceber, nessa época do ano, as pessoas mais solidárias e preocupadas com o próximo. Presentear a quem se ama, confraternizar junto aos amigos são gestos comuns deste período, assim como também é comum ver as pessoas visando ajudar terceiros mais necessitados por meio de doações.

Conforme afirmou a psicóloga Flávia Rodrigues à redação do jornal A12[1], os gestos de solidariedade no período de Natal estão ligados a questões culturais e religiosas. “A solidariedade na época do Natal vem primeiramente com a questão religiosa. É um tempo que a própria Igreja trabalha a questão de vermos o próximo e suas necessidades”, afirmou.

Porém, o que há de especial neste ano? Aliás o que há para comemorar? Foi mais um ano de pandemia, mais um ano no qual milhões sofreram com a fome, a pobreza e agora de forma mais agressiva em razão da pandemia.

Talvez seja porque isso não impediu o espírito fraterno de aflorar. Não foi diferente no ano passado, no qual 45% das pessoas enxergaram o paulistano como mais solidário durante a pandemia, conforme apontou a pesquisa do Índice do Capitalismo Humanista de Dezembro de 2020.

De fato, mesmo essa pandemia não impediu o crescimento do espírito fraterno nas pessoas, que começaram a se preocupar mais com o bem-estar do próximo. Basta ver as inúmeras campanhas de doação e atendimento feitas ao longo da pandemia; as iniciativas públicas e privadas; as decisões judiciais que combateram as mazelas causadas por esta nefasta doença. Enfim, as condutas de milhões de brasileiros corajosos, muitos já enaltecidos por esta coluna, desde a Professora Claudia Lima Marques que liderou a conquista de uma grande vitória na luta contra o superendividamento à enfermeira que encheu uma luva de água quente para que seus pacientes intubados sentissem acolhidos em seus leitos. Pequenas ou grandes, todas estas demonstrações do espírito fraterno incutido em cada ser humano são dignas de serem celebradas.

E é este o foco da coluna esta semana, celebrar o espírito fraterno humano e torcer para que ele continue a florescer. Outrossim, quero incentivar aos que leem a presente coluna que continuem a enfrentar os desafios que virão pela frente e não deixar esse espírito se tratar de algo momentâneo as festas. À vezes, quando as pessoas buscam uma luz no fim do túnel que elas não percebem que podem ser as pessoas que irão acender a luz para infinitas outras que cruzam seus caminhos.

Viva a fraternidade e um excelente natal.

[1]https://www.a12.com/

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