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Anunciação de um Mundo novo

Por Ricardo Sayeg*

Anunciação de um Mundo novo
Anunciação de um Mundo novo

Redação Publicado em 14/12/2021, às 00h00 - Atualizado às 06h31


Por Ricardo Sayeg*

Anunciação de um Mundo novo

Antes mesmo desta praga da COVID, o Mundo já estava à beira do caos. Embora, com este vírus assassino, por suas mais de 5 milhões de vítimas fatais, o caos está a selar sua presença com suas desgraças e graves perturbações contra a Humanidade e o Planeta.

O Mundo está assustado com a proximidade que temos vivido com a morte e, se não bastasse, a pobreza com toda a miséria, dor e sofrimento que provoca, encontra-se alastrada por todo o Globo.

No nosso Brasil a situação não é diferente, com todos nós, brasileiros, preocupados com a pandemia que se revigora a cada cepa nova que aparece, assim como, com a elevação dos níveis de miséria, marginalização e desigualdade entre o nosso povo.

A economia está claudicante e a fome, que é a mais básica das sensações humanas, reside entre nosso povo. Inaceitável haver milhões de brasileiros passando fome, se socorrendo das formas mais degradantes de alimentação e subsistência em todos os seus aspectos. É inadmissível, haver mães vivendo com nossas crianças em meio à miséria extrema. Moradores de rua, mendicância etc.

Entretanto, uma das leis fundamentais da dinâmica do Universo é a “Terceira Lei de Newton”, a “Lei da Ação e da Reação”. Ela significa que, sempre que uma força incide sobre algo, deste emerge uma força de igual direção e intensidade, mas em sentido contrário.

Isto é, a reação sempre vem. De fato, contra estas forças malignas do caos estão a emergir as forças reversas do bem, sustentadas pelo despertar da consciência coletiva de que temos que edificar uma sociedade livre, justa e solidária; desenvolvida econômica, social, política, cultural e tecnologicamente; erradicadora da pobreza e da marginalização; redutora da desigualdade e promotora do bem de todos, sem preconceito ou discriminação.

É por esta consciência coletiva em face da realização desta missão, que as forças reversas do bem prevalecerão contra o caos. Aliás, esta missão corresponde exatamente aos objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil, estampados na Constituição Federal.

Inegável que toda grande conquista da Humanidade e das Nações começa pelo despertar da consciência do que precisa ser feito, por vezes, a custo da vida de mártires e heróis anônimos.

Certamente, ao prevalecer esta consciência coletiva serão concretizados tais objetivos; e, estaremos, assim, construindo um Mundo Novo, particularmente afeto ao Brasil, pois corresponde ao propósito constitucional da Sociedade Fraterna.

Para nós brasileiros, basta sermos conscientes e cumpridores do que dispõe a Constituição da República quanto aos seus objetivos fundamentais.

A propósito e especialmente, devemos vencer o negacionismo e aceitarmos que, na ordem econômica a Constituição Federal impõe o Capitalismo Humanista para que venha a assegurar a todos existência digna conforme os ditames da Justiça Social.

No nosso Brasil, sem dúvida, está a ocorrer o despertar desta consciência coletiva do dever constitucional de todo brasileiro caminhar, a partir do trono de sua liberdade, na trilha destes objetivos fundamentais da nossa República e, consequentemente, construir a Sociedade Fraterna.

Este caminhar é simples e conhecido de todos nós, basta seguir a máxima de Jesus e amar ao próximo como a si mesmo.

Seguindo a máxima, iremos avançar, porque a sociedade que tem esta consciência coletiva é livre, justa e solidária, pois, a um só tempo, reconhece nossa individualidade, autoestima e especial responsabilidade de cada um de nós por seu destino; mas também reconhece igual prioridade ao próximo, de modo que harmoniza as relações sociais e ninguém fica para trás.

Coincidentemente, ou por cristocidência, como costumo dizer, isto é e a base da Agenda 2030 da ONU, intitulada “Transformando o Mundo …”

Não sou dono da verdade, mas tenho segurança de que o bem vencerá! Edificaremos um Mundo Novo! Vem conosco …

__________________

*Professor Livre-Docente da PUCSP, onde é Coordenador da Área de Direito Econômico, e Professor Titular da Universidade Nove de Julho, onde é o Diretor do PPGD. Presidente do Tribunal da Democracia do GOSP e da Comissão Nacional Cristã de Direitos Humanos do FENASP. 
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