Darcy Ribeiro, conhecido historiador, antropólogo, escritor e político, em uma entrevista descreveu uma cena, assistida por ele, por ocasião de uma de suas
Redação Publicado em 28/07/2021, às 00h00 - Atualizado às 10h21
Darcy Ribeiro, conhecido historiador, antropólogo, escritor e político, em uma entrevista descreveu uma cena, assistida por ele, por ocasião de uma de suas muitas passagens por tribos indígenas. Uma mãe índia estava construindo uma panela de barro, algo meticuloso e exigente de atenção e cuidado. Pois bem, quando a artesã estava quase terminando sua obra, seu filho que brincava por perto se aproximou e desmanchou o trabalho dela. Sem dizer uma palavra, a resignada mãe começou tudo de novo. Depois de refeita a peça, o mesmo menino avança sobre a mãe e destrói novamente seu trabalho.
A esta altura, o antropólogo Darcy Ribeiro, talvez querendo compreender aquele quadro, de certa forma constrangedor, pergunta à mãe:
— “Você não vai dizer nada ao menino?”
— “Quando ele se cansar, ele vai parar” – respondeu a mãe, retomando o seu trabalho.
Na linguagem camponesa, antiga, diríamos que aquele menino estava sendo “criado com todo leite”. Ou seja, sem parâmetros, limites. Será que a sociedade contemporânea copiou esse modelo? Não cabe a nós julgar a forma de caminhar de um povo que até pouco tempo vivia em isolamento. Mas, convenhamos, é impossível construirmos uma sociedade equilibrada sem ensinar a seus membros que a vida exige limites.
Algo meio que inexplicável aconteceu nos últimos cinquenta anos, pelo menos. Surgiu uma geração de pais que, conscientes ou não, renunciaram a determinados valores essenciais para a formação da personalidade humana. Penso que foram aqueles filhos cujos pais quase não ofereceram afetividade e em contrapartida abusaram daquilo que eles entendiam como autoridade. E o resultado tem sido pais “enchendo” seus filhos de afeto enquanto a autoridade está “desativada”.
O resultado desse contrassenso tem sido uma geração de moços e moças com muita informação e quase nada de maturidade. Não dá para se construir caráter e produzir personalidade sem uma boa dose de afeto com o peso equilibrado de autoridade.
“Tudo pelo amor e através do amor” é uma frase que cai na cesta da teoria sem produzir resultados práticos. A vida em sociedade demanda solidariedade e respeito. O cidadão e a cidadã necessitam o mínimo de cidadania. Se meu leitor está pensando em sala de aula para que “bons” professores “eduquem” nossos filhos, é provável que você seja um desses “abnegados” que terceirizaram o seu papel de pai, mãe.
A paternidade é a principal coluna da sociedade imediata, a família. Ali é o ninho de aconchego e o ancoradouro da existência humana. Eu quero tomar a liberdade de afirmar que nesse ambiente sagrado, o pai está com maior peso de responsabilidade, em função do que representa na formação do caráter e no desenvolvimento do menino e da menina.
Se abolirmos Deus da nossa existência, a família será desfeita e o caos se estabelecerá por completo. Não devemos nos deixar levar por quaisquer ventos que nos distancie do propósito.
“Na frágil figura do pai terreno há um depósito abundante de afeto e autoridade, atributos do Pai Celeste, essenciais à estruturação da pessoa e da sociedade humana”.
Pedro Sortica mora em Paulínia/SP, é pastor e autor do livro NA TERRA COMO NO CÉU – PAI (Life Editora). (https://embaixadores.org.br/pedrosortica/ e https://bit.ly/pedrosortica).
Acesse o QRCODE:
Governo propõe aumento de 13% a 31% no salário dos professores
Polícia prende suspeitos de transmitir HIV em abusos sexuais a crianças
URGENTE: Tony Ramos é internado às pressas e passa por cirurgia de emergência
ONLYFANS - 7 famosas que entraram na rede de conteúdo adulto para ganhar dinheiro!
VAZOU! Nude de Nizam vaza na web e enlouquece fãs; veja
Ativistas acusam Cremesp de criminalizar aborto legal em SP
Primeiros caminhões com ajuda humanitária desembarcam em píer construído pelos EUA em Gaza
Governo Federal impulsiona economia do RS com injeção bilionária; saiba valor
Geni e o Zepelim, clássico de Chico Buarque, ganhará adaptação para o cinema
Tribunal de Contas do Estado do Paraná vai doar R$ 2 milhões de reais de seu Orçamento anual