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COLUNA

Polônia: Escândalo sexual provoca renúncia de bispo e abala imagem da igreja católica

Grzegorz Kaszak, bispo de Sosnowiec (Polônia). - Imagem: Reprodução | YouTube
Grzegorz Kaszak, bispo de Sosnowiec (Polônia). - Imagem: Reprodução | YouTube
Agenor Duque

por Agenor Duque

Publicado em 30/10/2023, às 09h18


À medida que o retorno do Senhor Jesus à Terra fica mais próximo, a gravidade do estado de degradação moral fica cada vez mais evidentes, tal qual o odor de uma carne fresca deixada fora da geladeira ou freezer.

Ainda causa assombro que aqueles chamados a serem guardiões da santidade, da moral e dos princípios do evangelho de Jesus juntem-se para promover praticar o que é reprovável aos olhos do Deus, que segundo as Escrituras é “Santo, Santo, Santo” (Isaías 6.3; Apocalipse 4.8).

Em setembro veio à tona um caso vergonhoso em que o padre Tomasz Zmarzly, da paróquia Beata Virgem Maria dos Anjos, Polônia, promoveu uma festa sexual da qual participaram ele, outros padres e um gigolô contratado. Segundo vários veículos de comunicação, os participantes da orgia ingeriram pílulas contra impotência sexual e um deles sofreu um efeito adverso. O gigolô teria chamado uma ambulância e o padre organizador do evento teria solicitado que este se retirasse do local, mas ele aguardou, fora da residência, a chegada do socorro. O padre anfitrião, porém, não teria autorizado a entrada dos profissionais para socorrer o colega. A polícia foi acionada e, com a chegada desta, os médicos entraram e encontraram o homem inconsciente caído ao chão e o levaram à uma unidade hospitalar.

Este escândalo abalou as estruturas da igreja católica na Polônia, mas seus impactos respingaram na igreja no mundo. O sacerdote está sob investigação policial por impedir que o amigo fosse socorrido, e, claro, nega ter organizado a orgia gay.

O episódio, que apesar de ser o mais recente, configura-se como apenas mais um na longa lista de escândalos sexuais e financeiros envolvendo a Igreja Católica Romana na Polônia, foi fator determinante para a renúncia de Grzegorz Kaszak, bispo de Sosnowiec (Polônia), decisão acatada pelo papa Francisco na terça-feira (24). O sacerdote afirmou, em carta endereçada aos padres de sua diocese que não compactua com o “mal moral” e que estava pronto a “aceitar as consequências” deste escândalo.

As Escrituras informam que muitos escândalos aconteceriam no meio cristão, revela que muitos se envolveriam em práticas e discursos que envergonhariam o nome santo do Senhor Deus (Mateus 18.7). Mas junto com isso faz um alerta severo, dizendo: “[...] ai do homem [pessoa] por quem o escândalo vem!”.

A Bíblia fala repetidamente a respeito do perigo e da gravidade do pecado. Ela traz que a maioria dos pecados é cometida fora do corpo, mas que o pecado sexual é cometido contra o próprio corpo (1Coríntios 6.18b), com agravante de, via de regra, envolver outra pessoa. EmLucas 17.1,2, um texto com o mesmo teor é ainda mais enfático e sério ao afirmar que ao autor do escândalo, seria melhor que tivesse colocado uma pedra de moinho amarrada ao pescoço e fosse jogado ao mar do que causar o tropeço ou a queda de alguém.

“Fujam da imoralidade sexual!” (1Coríntios 6.18a). Este é o alerta sério e urgente das Escrituras Sagradas. E a advertência é para todos, líderes e não líderes, embora quando o pecado envolve a liderança, tenha impactos muitos maiores e mais destrutivos.

“Ai daquele por quem o escândalo vem!” E quem está de pé, cuide para não cair (1Coríntios 10.12).

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