Diário de São Paulo
Siga-nos
COLUNA

Papa Francisco e a Comunidade LGBTQ+: Até onde vai esse “morde e assopra”?

Papa Francisco. - Imagem: Reprodução | Facebook - Radio Punto
Papa Francisco. - Imagem: Reprodução | Facebook - Radio Punto
Agenor Duque

por Agenor Duque

Publicado em 14/06/2024, às 06h00


O argentino Jorge Mario Bergoglio de 87 anos, mais conhecido como Papa Francisco, é o atual líder da Igreja Católica Romana desde março de 2013. Desde então, o pontífice tem promovido uma agenda considerada excessivamente liberal e progressista. Ele frequentemente fala sobre a necessidade de combater as mudanças climáticas, acolher imigrantes e promover a igualdade econômica. Essas posturas são alinhadas a uma agenda globalista e socialista, que coloca em risco os princípios do livre mercado e da soberania nacional.

Além disso, o Papa tem adotado uma abordagem muito aberta em relação a temas controversos. Sua disposição para dialogar com a comunidade LGBTQ+ e sua postura acolhedora em relação a casais divorciados e recasados, vão contra os ensinamentos bíblicos sobre o casamento e a sexualidade. Isso dilui a uma das bases da moral cristã e pode levar à uma maior aceitação e normalização do pecado.

A ênfase constante do Papa Francisco na pobreza e na crítica ao capitalismo também é preocupante. Ele parece ignorar que o capitalismo, quando bem regulamentado, tem sido um motor poderoso para tirar milhões de pessoas da pobreza. Sua crítica ao que ele chama de "capitalismo desenfreado", não reconhece os benefícios do livre mercado e pode ser vista como um apoio velado a sistemas econômicos falidos, como o socialismo por exemplo.

O Papa também tem mostrado uma forte tendência em promover o ecumenismo e o diálogo inter-religioso. Embora a busca por paz e entendimento seja positiva, ele parece estar comprometendo as verdades exclusivas do cristianismo em favor de um diálogo que muitas vezes relativiza a fé. Isso faz com que a posição de Cristo como o único caminho, verdade e vida, seja colocada em dúvida.

Como se não bastasse, sua liderança na Igreja Católica tem sido marcada por uma série de escândalos de abuso sexual dentro da instituição, que não foram tratados com a devida transparência e rigor e, isso minou a confiança de muitos fiéis e acabou levantando sérias questões sobre a integridade moral da hierarquia católica sob sua direção. Suas posições sociais, teológicas e econômicas representam uma grande preocupação para aqueles que buscam manter a fé cristã tradicional e os valores conservadores.

No dia 28/05 deste ano, o Papa Francisco usou o termo "viadagem" ao reafirmar a proibição da Igreja Católica sobre a entrada de homens gays em seminários bem como sua formação como padres. Se desculpou publicamente depois que a mídia italiana divulgou a declaração, afirmando que não tinha a intenção de ofender e reafirmando que há "lugar para todos" na Igreja Católica. No entanto, dia 12/06, o pontífice utilizou novamente o mesmo termo, ao falar sobre a presença de homossexuais no Vaticano, reforçando que homens com "tendências homossexuais" não deveriam ser admitidos como seminaristas e reiterando a necessidade de acolher pessoas LGBTQIA+ na Igreja, porém com cautela para que estes não se tornem padres.

As declarações do Papa Francisco mostram uma clara contradição. Por um lado, ele afirma acolher a comunidade LGBTQ+. Por outro, reafirma a doutrina tradicional que proíbe a ordenação de homens gays, utiliza uma linguagem que pode ser considerada pejorativa e logo pede desculpas. Isso pode ser visto como uma diplomática tentativa de agradar a todos, sem tomar uma posição firme, clara e única, minando assim, a credibilidade da Instituição.

Apesar de emitir de vez em quando alguma declaração tradicional, o fato do Papa promover uma agenda progressista continua sendo uma preocupação latente, pois suas tentativas de diálogo e inclusão com a comunidade LGBTQ+ dão a entender como sendo compromissos firmados com valores que divergem dos princípios bíblicos. O certo é que, ao tentar aliar a doutrina tradicional da Igreja Católica com a inclusão de ideologias, o Papa Francisco acaba proferindo essas declarações contraditórias que demonstram sua falta de firmeza e posicionamento como líder eclesiástico que deveria basear-se somente nas verdades e nos mandamentos das Sagradas Escrituras, evitando comprometer a integridade de sua instituição, em nome da aceitação social e de uma ideologia nefasta.

Compartilhe  

últimas notícias