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COLUNA

Barba de molho: Intolerância contra cristãos no ocidente torna-se mais intensa

Intolerância contra cristãos no ocidente - Imagem: Divulgação / Family Research Council
Intolerância contra cristãos no ocidente - Imagem: Divulgação / Family Research Council
Agenor Duque

por Agenor Duque

Publicado em 16/02/2024, às 08h51


Informações de estudo recente publicado pelo instituto Pew Research Center dão conta de que a intolerância religiosa cresce rapidamente pelo mundo, tendo como um dos principais alvos os cristãos, que ocupam o topo da lista.

A hostilidade contra cristãos intensificou-se em 2023, segundo dados da Missão Portas Abertas. O Pew coletou dados de 198 países, dos quais 124 sujeitaram cristãos a algum tipo de restrição e perseguição que oscilam em mais e menos severas.

O mais assustador é o notável crescimento de perseguição em países do Ocidente, reconhecidamente consideradas como “sociedades livres e abertas”, mas que passaram a figurar como protagonistas de medidas marcadas pelo autoritarismo contra os cristãos, pelo simples fato de serem cristãos e buscarem viver em conformidade com aquilo em que creem.

Tony Perkins, presidente do Family Research Council, cujo “Centro para a Liberdade Religiosa” publicou recentemente um relatório a respeito do estado em que se encontra a liberdade religiosa no Ocidente. O documento menciona 168 incidentes contra cristãos ocorridos em 16 países.

Dentre as ocorrências, encontram-se cristãos sendo presos por orar silenciosamente nas proximidades de uma clínica de aborto no Reino Unido. Nos Estados Unidos, professores e treinadores cristãos estão perdendo o emprego, demitidos por suas crenças a respeito da sexualidade humana, como ocorreu com Jessica Tapia, professora na Califórnia, demitida em 2023 por haver questionado a política do distrito que obrigava professores a omitir e mentir aos pais sobre a confusão de gênero dos alunos e sua pretensão de se identificar como do sexo oposto.

Ainda na terra do Tio Sam, cristãos não tem mais garantias de que seus locais de culto não serão alvo de ações violentas, protagonizadas tanto por autoridades governamentais quanto por civis, como ocorreu na Lakewood Church, em Houston, Texas. A igreja foi invadida por uma mulher armada neste domingo (11), resultando em 2 pessoas feridas (uma delas a criança que acompanhava a atiradora e que permanece internada em estado grave) e na morte da atiradora.

As informações da Pew foram coletadas entre os anos 2020 e 2023, com destaque para 2020 como o ano em que ocorreram mais incidentes, possivelmente motivados pela pandemia da covid, período em que muitos embates, com tensões entre as exigências dos mecanismos de saúde pública e líderes cristãos, que, tomando as precauções e atendendo às recomendações e medidas de segurança dos órgãos de saúde, decidiram pela manutenção dos cultos. Na Nova Zelândia, a polícia de Auckland interrompeu um culto de oração, por contar com mais de 10 pessoas presentes.

Outra razão, essa bem atual, de perseguição relaciona-se a questões envolvendo a ideologia de gênero, como ocorreu no Canadá, onde a ideologia transgênero recebeu apoio estatal, resultando em prisões de líderes religiosos e fiéis, além da imposição de multa.

O relatório da Pew é um alerta para o mundo, já que o foco da instituição era “[...] funcionários e entidades governamentais que visam igrejas, organizações e indivíduos cristãos para serem processados ou punidos com base em suas crenças religiosas”. Essas são razões mais que suficientes para deixar de sobreaviso cristãos no mundo todo, inclusive no Brasil, devido à situação política e ao posicionamento dos magistrados do país, afinal os 168 incidentes documentados foram realizados pelos governos de nações que no passado eram cristãs e ainda são consideradas como livres.

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