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Milhares protestam contra Rússia em cidades pela Europa

Dezenas de milhares de pessoas em toda a Europa protestaram neste domingo (27) contra a invasão da Ucrânia pela Rússia, no quarto dia do maior ataque a um

Milhares protestam contra Rússia em cidades pela Europa
Milhares protestam contra Rússia em cidades pela Europa

Redação Publicado em 27/02/2022, às 00h00 - Atualizado às 20h09


Mais de 100 mil pessoas se reuniram no centro de Berlim

Dezenas de milhares de pessoas em toda a Europa protestaram neste domingo (27) contra a invasão da Ucrânia pela Rússia, no quarto dia do maior ataque a um estado europeu desde a Segunda Guerra Mundial.Milhares protestam contra Rússia em cidades pela EuropaMilhares protestam contra Rússia em cidades pela Europa

Mais de 100 mil pessoas se reuniram no centro de Berlim, carregando cartazes que diziam “Parem a guerra”, “A última guerra de Putin” e “Estamos com a Ucrânia”, juntamente com bandeiras ucranianas e da União Europeia.

O serviço de trem e metrô foi interrompido em algumas partes da capital alemã depois que milhares de pessoas se reuniram no Portão de Brandemburgo, perto da embaixada russa.

O protesto ocorre no momento em que mísseis caem sobre cidades ucranianas e milhares de civis ucranianos, principalmente mulheres e crianças, tentam fugir para países vizinhos.

“Ucranianos: Vocês são bem-vindos aqui!” gritou um dos oradores em Berlim enquanto a multidão aplaudia.

Mais de 368 mil refugiados fugiram da Ucrânia, disse a agência de refugiados da ONU neste domingo, citando dados fornecidos por autoridades nacionais.

Cerca de 80 mil manifestantes lotaram a praça central de Praga. O primeiro-ministro tcheco disse à multidão que o país ainda se lembra de seu próprio terror com os tanques russos entrando na capital há mais de cinco décadas.

“É claro que tive que vir aqui hoje, porque é preciso enfrentar o mal”, disse o aposentado Jindrich Synek à Reuters. “Eu já experimentei isso nesta praça algumas vezes.”

A Praça Venceslau foi o lar de manifestações durante a Revolução de Veludo de 1989, que encerrou décadas de regime comunista apoiado pelos soviéticos, bem como protestos em 1968, quando tropas lideradas pelos soviéticos invadiram a Tchecoslováquia comunista para encerrar reformas que perturbaram Moscou.

No centro de Madri, milhares de manifestantes agitaram bandeiras ucranianas. Eles seguravam cartazes que diziam “Paz”, “Pare Putin” e “Putin, você deveria estar com medo: minha avó está realmente brava.”

“Queremos que nosso país seja independente. Queremos estar na Europa. Queremos que Putin nos deixe em paz, deixe nossas casas e não bombardeie nossa terra, nossos pais e parentes na Ucrânia”, disse a ucraniana Vira Panas, de 34 anos, que vive em Madri.

Protestos semelhantes ocorreram em Roma, Lisboa e Londres.

Na Rússia, as pessoas saíram às ruas para expressar sua oposição à guerra. A polícia deteve mais de 1.700 pessoas em protestos contra a guerra que ocorreram em 46 cidades russas neste domingo.

Isso elevou para cerca de 5.500 o total de manifestantes detidos desde o início da invasão da Ucrânia pela Rússia em 24 de fevereiro, disse o grupo independente de monitoramento de protestos OVD-Info.

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Agencia Brasil

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