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Massacre em Suzano faz um ano e governo aumenta segurança em escolas

Um ano após o massacre na Escola Estadual Raul Brasil, em Suzano, na região metropolitana de São Paulo, completado hoje (13), que resultou na morte de dez

Massacre em Suzano faz um ano e governo aumenta segurança em escolas
Massacre em Suzano faz um ano e governo aumenta segurança em escolas

Redação Publicado em 13/03/2020, às 00h00 - Atualizado às 07h03


Secretaria da Educação criou gabinete integrado de segurança escolar

Um ano após o massacre na Escola Estadual Raul Brasil, em Suzano, na região metropolitana de São Paulo, completado hoje (13), que resultou na morte de dez pessoas, o governo do estado busca acelerar projetos que aumentem a segurança dentro das escolas.

Na capital paulista, por exemplo, na Escola Estadual Caetano de Campos, região central da cidade, um policial da reserva permanece dentro do colégio no período das aulas, como parte de um projeto-piloto do governo que está em desenvolvimento.

A Secretaria Estadual de Educação criou também um gabinete integrado de segurança escolar, em que há a participação da Polícia Militar e da Secretaria de Segurança Pública. De acordo com a pasta, um relatório com os resultados da ação deverá ser publicado nos próximos meses.

O governo do estado promete ainda novas câmeras de segurança nas escolas, assim como redes de wi-fi para possibilitar o acesso remoto às imagens. Novos protocolos de funcionamento dos portões dos colégios também estão sendo implementados, assim como orientações para elaboração dos regimentos internos, que é feito por cada escola.

De acordo com a secretaria, o governo dispõe de R$ 1,1 bilhão para realizar obras em mais de 1,3 mil escolas. Além das mudanças estruturais, o governo fez alteração na parte pedagógica e está implementando nova disciplina, chamada Projeto de Vida, que, entre outras atribuições, leva para a sala de aula a questão do bullying.

“A disciplina é sobre o desenvolvimento do projeto de vida do aluno. Tem que haver um espaço dentro da escola para que a gente cada vez mais escute, entenda quais são os sonhos, os desejos dos nossos estudantes, para que a própria escola se organize em torno deles e dê apoio. Neste ano, a disciplina já começou para todas as escolas, desde o 6° ano até o ensino médio”, destacou o secretário de Educação do estado, Rossieli Soares.

O governo estadual está também criando equipes multidisciplinares para trabalhar com as diretorias de ensino. Segundo a pasta, uma resolução, que deverá ser publicada em breve, vai incorporar psicólogos e assistentes sociais para desenvolver trabalhos na rede de ensino, especialmente nos grandes centros paulistas. A pasta informou que chamou, ainda em 2019, 1,5 mil novos funcionários concursados – agentes de organização escolar – e mais 2 mil temporários.

ABr

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