O novo candidato do PT à Presidência, Fernando Haddad, apresentou um programa de governo ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) no qual promete criar o
Redação Publicado em 14/09/2018, às 00h00 - Atualizado às 12h42
O novo candidato do PT à Presidência, Fernando Haddad, apresentou um programa de governo ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) no qual promete criar o “programa Dívida Zero” para consumidores que estão com o nome sujo no SPC/Serasa.
A proposta não existia nesses termos no programa de governo apresentado quando Lula era o candidato do partido e guarda semelhança com a “Nome Limpo”, uma das principais promessas de Ciro Gomes, do PDT, que também disputa a Presidência.
Haddad assumiu a cabeça de chapa do PT na terça-feira (11), após o TSE ter rejeitado o registro da candidatura de Lula.
Em sua página no site do tribunal, o novo presidenciável apresenta um plano de governo com algumas mudanças em relação ao do ex-presidente.
O programa de Lula tinha a proposta de criar uma linha de crédito para quem está negativado:
“Criação de linhas de crédito com juros e prazo acessíveis, que busquem atender as famílias que hoje se encontram no cadastro negativo”
Na versão de Haddad, a proposta vira um programa, batizado de “Dívida Zero” e mais detalhado:
“Criação do programa Dívida Zero, que prevê a instituição de linha de crédito em banco público com juros e prazo acessíveis, para atender às pessoas que hoje se encontram no cadastro negativo do SPC e SERASA’
O programa de Haddad traz ainda outras diferenças com relação ao de Lula. Uma proposta nova é o Programa Brasil 100% Online, cujo conceito e estruturação aparecem apenas no plano de Haddad.
Entre as promessas está “conectar mais de 2 mil municípios à rede fibra ótica”, “garantir que o Satélite Geoestacionário brasileiro seja usado para conexão de rádio IP em municípios de pequeno porte, áreas rurais e distritos isolados” e “exigir das empresas que forneçam conexão de alta velocidade a 3.600 municípios que hoje só contam com 3G”.
A proposta de aumentar o acesso à internet já existia no plano de Lula, mas era apresentada de forma mais restrita: “O governo Lula investirá fortemente para garantir a universalização da banda larga barata e acessível para todos e todas, com a universalização do serviço de acesso à Internet fixa e diminuição do preço da Internet no celular.”
Sobre recursos naturais, o plano de Haddad acrescenta algumas áreas de investimento que não estavam no programa de Lula, como “ampliar o programa de construção de cisternas” e “recuperando nascentes, despoluindo rios e ampliando as obras de saneamento para afastar o fantasma do racionamento de água”.
Segundo o TSE, os partidos podem solicitar alteração do programa de governo apresentado à Corte.
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