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Governo Bolsonaro terá 10 dias para explicar por que monitorava 579 opositores

O Ministério Público Federal (MPF) instaurou um procedimento preliminar para buscar informações sobre o monitoramento de 579 opositores do governo do

Governo Bolsonaro terá 10 dias para explicar por que monitorava 579 opositores
Governo Bolsonaro terá 10 dias para explicar por que monitorava 579 opositores

Redação Publicado em 28/07/2020, às 00h00 - Atualizado às 19h33


Secretaria do Ministério da Justiça realizava monitoramento de 579 opositores do governo Bolsonaro. Agora, ministério terá que justificar ação

O Ministério Público Federal (MPF) instaurou um procedimento preliminar para buscar informações sobre o monitoramento de 579 opositores do governo do presidente Jair Bolsonaro que teria sido promovido pela Secretaria de Operações Integradas (Seopi), do Ministério da Justiça.

Em ofício ao governo federal, o procurador regional dos Direitos do Cidadão Enrico Rodrigues de Freitas, que atua no Rio Grande do Sul, deu prazo de dez dias para que sejam fornecidas informações como a base legal que justificou a apuração, a indicação do objeto do relatório de inteligência e a motivação de sua instauração.

O MPF também pede a relação de autoridades que tiveram acesso ao documento e o motivo da decretação do sigilo sobre o material produzido pelo governo. O procedimento instaurado tem o nome de notícia de fato.

A existência do relatório foi revelada na semana passada pelo colunista Rubens Valente. O dossiê lista 579 servidores federais e estaduais da área de segurança e professores de todas as regiões do país identificados como integrantes do movimento antifascismo.

A Secretaria de Operações Integradas (Seopi) foi criada pelo então ministro Sergio Moro no ano ano passado. O jornal O Estado de S. Paulo mostrou que após André Mendonça assumir o Ministério da Justiça em abril as atribuições do órgão foram alteradas.

Um delegado da Polícia Civil do Distrito Federal foi indicado para comandar a secretaria e teria solicitado uma investigação de movimentos que poderiam colocar em risco a ‘estabilidade política do atual governo ‘.

iG

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