Uma pesquisa da consultoria PwC aponta que a pandemia da covid-19 acelerou entre dois e três anos os planos quinquenais das empresas para as áreas digitais. A
Redação Publicado em 11/11/2020, às 00h00 - Atualizado às 12h12
Uma pesquisa da consultoria PwC aponta que a pandemia da covid-19 acelerou entre dois e três anos os planos quinquenais das empresas para as áreas digitais. A Global Digital Trust Insights Survey 2021 (disponível em inglês) mostra também o amadurecimento da segurança cibernética, que está prestes a completar 40 anos.
Foram ouvidos 3.249 executivos de negócios e tecnologia de 44 países, entre eles 109 no Brasil. Nos três primeiros meses da pandemia, 40% dos diretores de empresas disseram que suas organizações aceleraram a digitalização de processos para fomentar o crescimento; 39% implantaram o trabalho remoto em tempo integral para mais trabalhadores e 37% apontaram um maior peso na qualidade da infraestrutura de Tecnologia da Informação (TI) e telecomunicações nas decisões.
Entre as medidas adotadas também foram citadas a preocupação com a saúde digital, a automação industrial e robótica, o avanço no comércio eletrônico, robôs de bate-papo para atendimento ao cliente, entretenimento baseado em realidade virtual, cozinha em nuvem, que são os serviços de alimentação apenas para entregas, e fintechs, os serviços financeiros digitais.
A pesquisa mostra que as ambições digitais das empresas dispararam. Enquanto 21% disseram estar mudando seu modelo de negócio principal e redefinindo suas organizações, chamados de “redefinidores”, 18% estão entrando em novos mercados ou setores, os “exploradores”.
“Ambas as categorias dobraram desde nossa pesquisa do ano passado. Fazer as coisas com mais rapidez e eficiência é a principal ambição digital para 29% dos executivos (“buscadores de eficiência”), enquanto 31% estão se modernizando com novos recursos (“modernizadores”). Mais de um terço – 35% – dizem que estão acelerando a automação para cortar custos, o que não é surpresa em um momento em que as receitas estão baixas”, informa a pesquisa.
Sobre a segurança na rede, 96% dos diretores afirmaram que ajustarão sua estratégia por causa da covid-19 e 50% estão mais propensos a considerar a segurança cibernética em todas as decisões de negócios, o que representa um aumento de 25% em relação à pesquisa feita no ano passado.
Entre os executivos de tecnologia e segurança ouvidos, 55% planejam aumentar seus orçamentos de segurança cibernética e 51% pretendem manter uma equipe em tempo integral em 2021, apesar de 64% estarem com a expectativa de queda nas receitas. Porém, 55% demonstram falta de confiança de que as ações de segurança cibernética estejam alinhadas aos riscos efetivos e 58% não estão confiantes de que os orçamentos forneçam controles adequados sobre as novas tecnologias ameaçadoras.
Segundo a pesquisa, a expectativa é que 3,5 milhões de vagas de empregos no setor de segurança cibernética sejam preenchidas em 2021 em todo o mundo. Entre os requisitos para a contratação, foram citadas pelos executivos as habilidades analíticas (47%), habilidades de comunicação (43%), pensamento crítico (42%) e criatividade (42%).
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Agência Brasil
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