O desemprego ficou em 13,3% em maio, segundo dados divulgados nesta sexta-feira (30) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), por meio da
Redação Publicado em 30/06/2017, às 00h00 - Atualizado às 10h23
O desemprego ficou em 13,3% em maio, segundo dados divulgados nesta sexta-feira (30) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), por meio da pesquisa Pnad Contínua. No mês passado, o Brasil tinha 13,8 milhões de desempregados.
Trata-se de uma redução em relação à taxa de abril, que foi de 13,6%. Mas, na comparação com o mesmo período do ano anterior, quando o índice foi de 11,2%, o quadro foi de elevação (2,1 pontos percentuais). Segundo o instituto, é a segunda queda seguida da taxa desde 2014, mas a maior taxa para maio da série histórica, iniciada em 2012.
A taxa de desemprego é medida pelo IBGE por meio de uma média móvel trimestral, ou seja, de três meses, portanto, o dado de maio se refere ao período de março a maio. O instituto divulga a taxa mensalmente.
Para o IBGE, a taxa de desemprego permaneceu estável em relação ao trimestre de dezembro a fevereiro.
A população desocupada permaneceu estável em relação ao trimestre terminado em fevereiro, quando havia 13,5 milhões de desempregados, e 20,4% (mais 2,3 milhões de pessoas) maior que no mesmo trimestre de 2016.
A população ocupada (89,7 milhões) manteve-se estável em relação ao trimestre terminado em fevereiro, mas caiu 1,3% (menos 1,2 milhão de pessoas) em relação ao mesmo trimestre de 2016.
No ano, é a primeira vez que o contingente de desocupados fica abaixo de 14 milhões.
“Nós tivemos uma desaceleração no processo de queda da população ocupada, mas essa desaceleração vem acompanhada de uma queda forte do contingente de carteira assinadas”, analisa o coordenador de Trabalho e Rendimento do IBGE, Cimar Azeredo.
No trimestre terminado em maio, havia no país 33,3 milhões de trabalhadores com carteira assinada. É o menor contingente desde 2012. O pico de carteira assinada foi atingido em maio de 2014, quando o país apresentava pleno emprego e o contingente total com carteira assinada chegou a 36,7 milhões.
Houve redução em ambos os períodos de comparação: frente ao trimestre dezembro-janeiro-fevereiro (-1,4% ou menos 479 mil pessoas) e no confronto com o trimestre de março a maio de 2016 (-3,4% ou redução de 1,2 milhão de pessoas)
“Em dois anos, nós perdemos cerca de 2,7 milhões de postos com carteira de trabalho assinada”, disse o coordenador. Azeredo ressaltou que a redução do contingente de trabalhos com carteira assinada foi o primeiro sinal da crise no mercado de trabalho.
Segundo o pesquisador do IBGE, a redução dos postos com carteira de trabalho assinada na comparação com o trimestre terminado em fevereiro “é mais impactante que a estabilização da taxa de desocupação”.
O nível da ocupação (percentual de pessoas ocupadas na população em idade de trabalhar) também ficou estável em relação ao trimestre terminado em fevereiro (53,4%). Em relação ao nível de ocupação do mesmo trimestre de 2016 (54,7%), houve retração de 1,3 ponto percentual. Foi o menor nível da ocupação da série histórica da pesquisa para trimestres terminados em maio.
O rendimento médio foi estimado em R$ 2.109 no trimestre encerrado em maio, mantendo estabilidade em relação ao trimestre terminado em fevereiro (R$ 2.102) e também ante mesmo trimestre de 2016 (R$ 2.062).
De acordo com os últimos dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), no mês de maio, a abertura de vagas formais de trabalho superou as demissões em 34,2 mil postos.
Pelo segundo mês seguido houve criação de postos de trabalho com carteira assinada e esta foi a primeira vez desde 2014 que um mês de maio registrou mais contratações do que demissões.
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