Mais de um milhão de estudantes trancaram a matrícula no ano passado nas universidades públicas e particulares de todo o país. Em São José do Rio Preto (SP),
Redação Publicado em 16/07/2017, às 00h00 - Atualizado às 17h11
Mais de um milhão de estudantes trancaram a matrícula no ano passado nas universidades públicas e particulares de todo o país. Em São José do Rio Preto (SP), os donos das faculdades particulares falam em grande queda no número de alunos. Segundo o sindicato que representa as universidades particulares, essa é a pior crise dos últimos 40 anos.
O presidente do sindicato em Rio Preto, César Casseb, que representa as instituições de ensino particular do Estado de São Paulo diz que em 40 anos nunca presenciou uma crise como essa.
“Não diminui a despesca, a sala existe, o professor existe, a receita vai caindo e isso dá um choque grande entre a receita e a despesa. Nunca vi uma passagem tão lamentável como essa”, afirma.
Em todo Brasil, mais de 1,3 milhão de estudantes, tanto de universidades públicas quanto particulares trancaram a matrícula no último ano. Um aumento de 25% em relação a 2013, quando, mais de 1 milhão deixaram os estudos.
Só no Estado de São Paulo, o número de alunos que abandonaram a faculdade ou trancaram a matrícula nos últimos dois anos aumentou mais de 10%. Em uma faculdade de Rio Preto, em 2015 eram cinco mil alunos e hoje são pouco mais de três mil.
Dois cursos nem chegaram a abrir turmas esse ano por falta de alunos. “Esse número está além daquilo que qualquer instituição pode projetar. As despesas continuam sendo as mesmas, a instituição não dispensou professores, não dispensou funcionários, é um momento muito difícil a instituição está procurando encontrar fórmulas que sejam mais benéficas para os alunos justamente para superar essa crise sem uma grande perda”, afirma o reitor Eudes Quintino de Oliveira Júnior.
Em outra faculdade particular de Rio Preto a situação também é grave. O secretário geral da instituição, Antônio Carlos dos Santos, diz que o número de alunos que abandonou as salas de aula nos dois últimos anos aumentou 18%.
“O aluno é um aluno trabalhador e no caso da economia atual ele perde o emprego e acaba desistindo do curso. Ou mesmo que trabalhe, um membro da família perde o emprego e ele tem de afastar dos estudos para ajudar em casa”, diz.
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